"Se você escolher ficar em uma das zonas de evacuação, você vai morrer".
A frase foi dita pela prefeita de Tampa, na Flórida, Jane Castor, e dá a dimensão do tom de preocupação de autoridades nos Estados Unidos com o furacão Milton, que o governo norte-americano teme ser um dos piores do século na Flórida.
Classificado como "explosivo" pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), o Milton começou a segunda-feira (7) como um furacão de categoria 2 e, em pouco mais de quatro horas, pulou três categorias, até alcançar a 5, a máxima, na escala de intensidade de furacões.
Nesta terça-feira (8), o furacão avançava sobre o golfo do México em direção à baía de Tampa, na costa oeste da Flórida, onde deve tocar o solo na quarta-feira (9).
"Todos na baía de Tampa devem ficar atentos. Será catastrófico para a nossa área", completou a prefeita da cidade. O governo local estabeleceu duas zonas de evacuação, que deve ser a maior nos últimos oito anos nos EUA — a última dessas dimensões ocorreu durante o furacão Irma, em 2017.
O presidente dos EUA, Joe Biden, fez coro com o tom alarmista de Castor e pediu que os moradores das zonas demarcadas saiam "agora, agora, agora".
"Se vocês estão sob ordem de evacuação, vocês devem evacuar agora, agora, agora. Vocês já deveriam ter evacuado. É uma questão de vida ou morte, e isso não é exagero... É uma questão de vida ou morte".
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, também pediu que os moradores abandonem suas casas o quanto antes.
Em um período de pouco mais de quatro horas na segunda-feira (7), o furacão Milton, que se aproxima da Flórida, nos EUA, ganhou uma força "explosiva", subindo da categoria 2 para a 5, a máxima na escala de intensidade de furacões.
O salto assustou especialistas e, segundo o presidente dos Estados Unidos, pode ser "um dos piores dos últimos cem anos na Flórida".
Nesta terça, o Milton perdeu um pouco da força e desceu para a categoria 4, mas, ainda de acordo com o NHC, segue com "alto potencial destrutivo". O fenômeno deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira, menos de duas semanas após o furacão Helene ter inundado a costa do estado, causando destruição e mortes.
O governo local prepara a maior evacuação no estado nos últimos oito anos — desde o furacão Irma, em 2017 e fechou todos os portos nesta terça-feira. O presidente dos EUA, Joe Biden, cancelou a viagem que faria à Ásia para acompanhar a passagem do furacão pelo país.
O Milton, que se formou no Golfo do México, ainda não tocou o solo em nenhum país. Nesta manhã, ele passou perto península de Yucatán, no norte do México, onde grandes ondas e ventos fortes são previstos.
O furacão Milton deve atingir área metropolitana de Tampa, densamente populosa — a população é de mais de 3,3 milhões de pessoas — com um potencial impacto direto e ameaçando a mesma faixa de costa que foi devastada por Helene.
Parte da população de Tampa já começou a evacuar a cidade. Longos trechos de trânsito foram registrados nesta segunda na Interstate 75, rodovia que vai para o norte do estado. Equipes de resgate também apressaram os trabalhos para limpar os destroços deixados por Helene.
g1
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