Setembro 20, 2024

Edmundo González será intimado pelo MP da Venezuela pela 3ª vez e pode ser preso se faltar novamente

O candidato da oposição nas eleições presidenciais da Venezuela, Edmundo González, será intimado para prestar depoimento pela terceira vez, informou o chefe do Ministério Público nesta quarta-feira (28). González pode ser preso se não comparecer.

O oposicionista faltou nas duas últimas intimações. O procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, afirmou que González deve depor sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou que González ficou em 2º lugar nas eleições presidenciais, sendo derrotado por Nicolás Maduro. Entretanto, a oposição garante que González venceu por ampla vantagem com base nos dados das atas eleitorais.

Depois das eleições, o candidato da oposição passou a ser investigado pelos crimes de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, entre outros.

No domingo (25), González disse em uma rede social que estava sendo "pré-acusado de crimes que não foram cometidos". Ele também afirmou que não estava claro sob quais condições o depoimento iria acontecer.

Pela lei venezuelana, pessoas que ignoram três intimações judiciais podem ser alvos de um mandado de prisão.

A comunidade internacional vem denunciando repressão contra opositores na Venezuela, além de afirmar que houve falta de transparência nas eleições presidenciais.

Corina Machado na mira do MP
Ainda neste mês, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou a opositora María Corina Machado de ser responsável por arquitetar protestos que terminaram em mais de 20 mortes no país após as eleições presidenciais.

Saab foi entrevistado pelo jornal venezuelano "Últimas Notícias". O procurador-geral afirmou que abriu uma investigação contra Corina Machado e outras pessoas da oposição, classificados por ele como membros da "extrema direita".

Segundo Saab, as manifestações que aconteceram após o dia 28 de julho foram ações planejadas. Milhares de pessoas foram às ruas protestar contra Nicolás Maduro, que foi proclamado reeleito para um terceiro mandato presidencial pelas autoridades eleitorais.

Para o procurador-geral da Venezuela, o país vive uma "guerra híbrida" com uma tentativa de golpe de Estado. Saab afirmou que existe uma escalada de pressões patrocinada pelos Estados Unidos desde 2017 para derrubar Maduro do poder.

"Hoje, os venezuelanos a responsabilizam [Corina Machado] por todas essas mortes, que foram assassinados em situações que não podem ser classificadas como protestos."

Ao ser questionado se Corina Machado poderia ser acusada por homicídio, Saab afirmou que "a qualquer momento, qualquer um deles poderá ser responsabilizado como autor intelectual de todos esses acontecimentos".

g1
Portal Santo André em Foco

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