Setembro 20, 2024

Acidente de helicóptero que matou presidente do Irã ocorreu devido a mau tempo e 'incapacidade de suportar o peso', diz agência

O acidente de helicóptero que matou o então presidente do Irã Ebrahim Raisi foi causado pelas más condições climáticas e pela incapacidade de a aeronave suportar o peso que carregava, informou a agência de notícias iraniana Fars nesta quarta-feira (21), citando uma fonte anônima de segurança.

Um relatório preliminar já havia apontado que o helicóptero Bell 212 que caiu com o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, estava na rota inicialmente planejada e não tinha marca de balas, o que descartava a hipótese de ato criminoso.

Raisi e mais sete pessoas a bordo, incluindo outros oficiais do governo iraniano, morreram após o helicóptero onde eles estavam cair em uma região montanhosa no dia 19 de maio.

O relatório preliminar informa que o piloto fez contato um minuto e meio antes da queda com os outros dois helicópteros —as três aeronaves voltavam de região próxima à fronteira com o Azerbaijão.

Nada suspeito foi observado nas conversas entre o controle de tráfego aéreo e a tripulação, ainda segundo o relatório, informou a agência iraniana Tasnim News. A aeronave pegou fogo ao atingir o solo.

Imagens divulgadas pela IRNA mostraram que o local do acidente é uma encosta íngreme em uma cadeia de montanhas a 20 quilômetros da fronteira com o Azerbaijão.

As investigações sobre as causas da queda prosseguem, de acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas do Irã.

Veja a seguir o que se sabe o que ainda falta saber sobre o incidente:

  1. Quando e onde o helicóptero caiu?
  2. Quem estava a bordo?
  3. Por que o helicóptero caiu?
  4. Como foram feitas as buscas?

Quando e onde o helicóptero caiu?

O incidente com o helicóptero ocorreu por volta das 13h (no horário local, 6h de Brasília) de domingo (19). Ebrahim Raisi e outras autoridades voltavam da inauguração de uma barragem em uma região do país que faz fronteira com o Azerbaijão.

De acordo com a imprensa oficial iraniana, o incidente aconteceu na província iraniana de Azerbaijão Oriental, em uma área de floresta chamada Dizmar, entre as aldeias de Uzi e Pir Davoor.

O local fica em uma região montanhosa e de difícil acesso, a cerca de 500 km de Teerã, a capital iraniana. Por conta disso, as equipes de resgate demoraram horas para chegar ao local do acidente.

O Departamento de Estado dos EUA informou nesta segunda que o Irã pediu ajuda ao país para localizar o helicóptero que levava o presidente iraniano. No entanto, os EUA não puderam fornecer ajuda, principalmente por razões logísticas.

Quem estava a bordo?
Além do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, também estavam a bordo do helicóptero:

  • o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian;
  • o governador da província iraniana do Azerbaijão Oriental, Malek Rahmati;
  • o líder religioso Hojjatoleslam Al Hashem.

Além dessas quatro autoridades e outra não nomeada, três membros da tripulação também morreram no acidente, totalizando oito vítimas, segundo a Associated Press.

Por que o helicóptero caiu?
O helicóptero sofreu um acidente em razão das más condições meteorológicas no local e devido à incapacidade de suportar o peso que ele carregava no momento, segundo a agência Fars.

A aeronave é um Bell 212, helicóptero bimotor que fez o primeiro voo no final da década de 1960 e não é mais fabricado. O acidente expõe a fragilidade da aviação iraniana em meio a décadas de embargo pelos Estados Unidos.

Como foram feitas as buscas?
Segundo o governo, ao menos 40 equipes participaram da tentativa de resgate, e as Forças Armadas – inclusive a Guarda Revolucionária do Irã, a elite militar iraniana – participaram das buscas.

A neblina, as chuvas e ventos fortes dificultaram a condução de buscas aéreas -- elas foram realizadas por equipes que chegaram com veículos terrestres até uma parte do trajeto e seguiram a pé até o local do acidente.

As buscas continuaram durante a madrugada e duraram mais de 12 horas. Apenas no início da manhã de segunda (madrugada no Brasil), os resgatistas chegaram ao local do acidente e confirmaram as mortes.

Alguns países enviaram recursos para ajudar. A Turquia mandou drones e a Rússia anunciou, no domingo (19), o envio de duas aeronaves avançadas e 50 socorristas profissionais.

g1
Portal Santo André em Foco

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