Desde que foi denunciado pela ex-mulher de agressão, na terça (6), Alberto Fernández vem negando as acusações e, nesta sexta-feira (9), um print postado pelo ativista Luis D'Elía mostra que o ex-presidente argentino segue firme em sua defesa:
"Lamento que acredite que sou capaz de fazer algo assim. Pelo menos escute-me".
Segundo D'Eliá, ele recebeu as mensagens de Fernández depois que fez um post com as fotos de Fabiola Yañez cheia de hematomas e com críticas pesadas a Fernandez.
"Se Alberto Fernández tem um pouco de dignidade, tem que se trancar no quarto, escrever uma carta pedindo perdão a Fabíola, a seus filhos, a seus companheiros e ao povo argentino, e dar um tiro na cabeça", escreveu ele, 11 horas antes de mostrar a réplica do ex-presidente, que, segundo ele, não teve resposta.
As denúncias da ex-primeira-dama
A ex-primeira-dama da Argentina Fabiola Yañez, que denunciou o ex-presidente Alberto Fernández por violência física e assédio, enviou fotos com hematomas no braço e no rosto em trocas de mensagens com o ex-companheiro. As imagens e as conversas foram reveladas nesta quinta-feira (8) pelo site de notícias argentino Infobae.
"Você tem me agredido há três dias seguidos", disse a ex-primeira-dama em mensagem pelo WhatsApp. Em outro trecho, ela afirmou: "Isso não funciona assim, você me agride o tempo todo. É insólito. Não pode me fazer isso quando eu não te fiz nada. E tudo o que tento fazer com a mente centrada é te defender, e você me agride fisicamente. Não há explicação".
Yañez fez a denúncia contra o ex-presidente na terça-feira (6) durante uma videoconferência com o juiz federal Julián Ercolini, que ordenou imediatamente medidas de "restrição" e "proteção" para a mulher. As medidas urgentes tomadas incluem uma ordem para que o ex-presidente não se aproxime dela e não deixe o país.
A ex-primeira-dama contou que era agredida fisicamente quando vivia na Quinta de Olivos, residência oficial da presidência argentina. Fernández foi presidente da Argentina entre 2019 e 2023.
O ex-presidente negou as acusações em nota publicada nas redes sociais e afirmou que vai apresentar à Justiça "as provas e testemunhos que evidenciarão o que realmente aconteceu".
Trocas de mensagens
De acordo com as mensagens publicadas pelo site argentino, o ex-presidente pediu para que a mulher parasse de discutir e justificou que eles brigavam "por causa dos outros". Ao fim da mensagem, ele disse: "Por favor. Venha".
Na sequência, Yañez afirmou: "Você está me agredindo novamente. Você está louco". Fernández respondeu que se sentia mal. Após a mulher ter falado que estava sendo agredida há três dias, o ex-presidente reagiu: "Estou com dificuldade para respirar. Por favor, pare. Estou me sentindo muito mal".
Ainda segundo o Infobae, Yañez enviava as fotos a Fernández reclamando das atitudes violentas. “E quando você me sacudiu pelos braços, me deixou hematomas. Isso é quando você me sacudiu.” Após ter enviado uma foto com o olho roxo, a mulher ironizou Fernández. "Isso foi quando você me bateu sem querer.”
As mensagens foram descobertas no contexto de outro caso que também está sendo conduzido por Ercolini, que investiga supostos atos de corrupção cometidos durante a gestão de Fernández. A ex-primeira-dama e a então secretária particular do ex-presidente, María Cantero, conversaram sobre as agressões.
O celular de Cantero foi periciado pela Justiça por conta do caso do suposto tráfico de influência a favor de um produtor de seguros próximo a Fernández, Héctor Martínez Sosa.
Segundo a publicação do site argentino, um dos próximos passos no processo é o depoimento da ex-primeira dama, que não tinha data marcada até a última atualização desta reportagem. Porém, a expectativa é de que ocorra em breve.
Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato dele e tiveram um filho em 2022 chamado Francisco. Yáñez vive em Madri com o filho, enquanto Fernández mora em Buenos Aires.
g1
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