Nesta quinta-feira (1º), o líder do Hezbollah prometeu uma retaliação a Israel pela morte de Fuad Shukr em um bombardeio israelense nos subúrbios de Beirute, capital do Líbano, há dois dias.
Segundo a Reuters, Sayyed Hassan Nasrallah falou, durante o funeral do comandante militar, o mais graduado do grupo terrorista, que está explorando uma resposta "real e estudada", apesar dos apelos de alguns países para a diminuição das tensões na região.
A agência de notícias AFP diz que o líder terrorista também disse que a retaliação é "inevitável".
"O inimigo e aqueles que estão por trás do inimigo devem esperar por uma resposta nossa que é inevitável. Israel não conhece as linhas vermelhas que atravessou", afirmou em um discurso.
O ataque de Israel aconteceu nesta terça-feira (30), em resposta a um ataque às Colinas de Golã que matou 12 crianças e adolescentes neste fim de semana.
O alvo, segundo as Forças Armadas israelenses (IDF), era Muhsin Shukr, comandante do grupo extremista Hezbollah responsável pelo ataque ao território no sul da Síria, ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A imprensa estatal libanesa afirmou que, além de Shukr, uma moradora local morreu e outras sete pessoas ficaram feridas.
Moradores locais estavam em estado de atenção havia dias pela expectativa de uma possível retaliação por parte de Israel. Os governos de Israel e dos Estados Unidos culparam o Hezbollah pelo ataque às Colinas de Golã, mas o grupo extremista negou responsabilidade.
Em um comunicado, o Exército israelense disse ter conduzido "um ataque direcionado em Beirute ao comandante responsável pelo assassinato das crianças em Majdal Shams e pela morte de vários civis israelenses adicionais".
O Hezbollah, grupo xiita fundado no Líbano, é uma das maiores organizações militarizadas armadas do mundo. O braço armado do Hezbollah – que também atua na política libanesa – é financiado pelo Irã.
O grupo enfrentou Israel pela última vez em 2006, mas, desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, tem trocado tiros com forças isarelenses em apoio ao grupo terrorista da Faixa de Gaza.
As hostilidades têm se limitado principalmente à região da fronteira, e ambos os lados já indicaram anteriormente que não buscam um confronto mais amplo.
Nesta terça, Israel disse que dez foguetes foram disparados do Líbano e um deles atingiu o kibutz Hagoshrim, no norte do país, deixando um morto.
O governo do Irã chamou o ataque israelense de "agressão covarde e pecaminosa". O governo libanês também condenou a ação e disse que planeja uma queixa formal à Organização das Nações Unidas (ONU).
France Presse
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