Julho 07, 2024

Com mais força que o previsto, furacão Beryl chegará à Jamaica nas próximas horas após deixar 7 mortos no Caribe

O furacão "Beryl", o maior a atingir o Caribe nesta época do ano, chegará nas próximas horas à Jamaica, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês).

Em boletim na manhã desta quarta-feira (3), o NHC disse que o Beryl alcançará a costa jamaicana por volta do meio-dia no horário local (10h pelo horário de Brasília), com mais força que o previsto -- o furacão ainda tem ventos de mais de 240 km/h, o que o mantém classificado na categoria 5, a máxima.

A previsão inicial é que o Beryl tivesse perdido força já na tarde de terça-feira.

Desde que tocou solo, em uma ilha de Granada, país no sudeste do Caribe, na segunda-feira (1º), o furacão já deixou sete mortos, um em São Vicente e Granadinas, três na Venezuela e três em Granada, segundo autoridades locais.

Esta é a primeira vez que um fenômeno do tipo chega ao Caribe em um mês de junho já com essa força, o que fez autoridades preverem uma temporada de furacões severos na região.

Classificado pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês) como "extremamente perigoso", o Beryl surgiu como uma tempestade tropical e se tornou furacão no fim de semana. Ele subiu de para a categoria 5 em um intervalo de apenas dez horas.

O Beryl é inédito no Caribe, porque é a primeira vez que um furacão de categoria 5 atinge a região em um mês de junho -- a temporada de furacões no Caribe e nos Estados Unidos normalmente vai de julho a setembro, acompanhando o verão no Hemisfério Norte.

O que significa um furacão categoria 5?

A medição se dá com base numa escala criada nos anos 1970 pelo engenheiro Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson nos EUA —por causa disso, ela ganhou o nome de escala Saffir-Simpson.

Veja abaixo a escala de acordo com a intensidade:

  • Categoria 1: potencial de causar alguns danos, com ventos de 119 a 153 km/h. Pode causar danos ao telhado, quebrar galhos grandes de árvores e linhas de energia;
  • Categoria 2: potencial de causar grandes danos, ventos de 154 km/h a 177 km/h. Casas podem sofrer danos estruturais. Árvores são arrancadas e bloqueiam estradas. Interrupções de energia são frequentes;
  • Categoria 3: potencial de causar danos devastadores, com ventos de 178 km/h a 208 km/h. Grandes danos a construções. Muitas árvores serão quebradas ou arrancadas. Eletricidade e água podem ficar indisponíveis;
  • Categoria 4: potencial de causar danos catastróficos, com ventos de 209 km/h a 251 km/h. Casas podem ser derrubadas, assim como postes de energia, com prejuízos à rede por semanas ou meses;
  • Categoria 5 (estágio atual do Beryl): potencial de causar danos catastróficos, com ventos de mais de 252 km/h. Muitas casas serão destruídas, com colapso da parede e perda do telhado. Áreas residenciais ficarão isoladas. Potencial de áreas ficarem inabitáveis por semanas ou meses.

Perto da Jamaica
O Beryl tocou solo na segunda-feira (1º) no na ilha de Carriacou, em Granada. Logo depois, passou por São Vicente e Granadinas e Barbados. Agora, segundo um boletim do NHC desta terça-feira (2), se aproxima da Jamaica, onde deve passar nesta quarta-feira (3).

Durante a semana, o furacão continuará avançando pelo Caribe em direção à costa do México. No entanto, as autoridades projetam que o fenômeno perca força ao longo dos dias. Ainda assim, alertas foram emitidos para as Ilhas Cayman, Belize e para cidades que estão no sudoeste do Golfo do México.

Intensidade
O Beryl é o primeiro da temperada de furacões na região -- que geralmente vai de julho a setembro -- e o maior já registrado em um mês de junho na história do Caribe.

O furacão começou a se formar na última semana como uma instabilidade e foi ganhando força. Veja a cronologia:

  • ?️ 25 de junho: começa uma instabilidade na atmosfera, favorecendo a formação de uma tempestade;
  • ?️ 28 de junho: o que era uma instabilidade, ganha força seguindo em direção ao Caribe e se transforma em uma tempestade tropical. Até aqui, a previsão era de ventos de 56 km/h;
  • ?️ 30 de junho: passou a ser classificado como furacão e entrou na categoria 3 (de uma classificação que vai até 5)
  • ?️ Ainda no dia 30 de junho: passou a categoria 4, com alerta de extremo perigo, com ventos de até 240 km/h.
  • ?️ 1º de julho: reclassificado para a categoria 5.

Segundo o NHC, uma tempestade tão poderosa no início da temporada de furacões, que vai de junho ao final de novembro no Atlântico, é extremamente rara.

Especialistas afirmam que o Beryl ganhou essa proporção em tão pouco tempo por causa das águas ferventes do oceano. As temperaturas na região onde a tempestade se formou estão até 3°C acima da média.

No fim de maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) já havia adiantado que a temporada de furacões deste ano seria "extraordinária", com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.

g1
Portal Santo André em Foco

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