As forças russas iniciaram seus exercícios militares que vão incluir “praticar e treinar para se preparar para o uso de armas nucleares não estratégicas”, afirmou na terça-feira (21) o Ministério da Defesa do país.
Armas nucleares táticas (também chamadas de não estratégicas) têm um alto poder destrutivo, mas são bem menos potentes do que as estratégicas, que só seriam usadas para destruir cidades inteiras.
No começo deste mês o presidente Vladimir Putin deu ordem para que esse treinamento fosse realizado. Segundo o governo russo, os exercícios são uma resposta a “declarações militantes” de autoridades do Ocidente.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia citou entre essas declarações as seguintes:
Analistas de segurança dizem que o exercício foi projetado como um sinal de advertência de Putin para dissuadir o Ocidente de se aprofundar mais na guerra na Ucrânia. Países como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha têm fornecido armas e dado informações aos ucranianos, mas não enviaram tropas.
Como são os exercícios
O Ministério da Defesa disse que a primeira etapa do exercício envolveu mísseis de dois tipos: Iskander e Kinzhal.
O objetivo é que unidades e equipamentos estejam prontos para "o uso de combate de armas nucleares não estratégicas para responder e assegurar incondicionalmente a integridade territorial e a soberania do estado russo em resposta a declarações provocativas e ameaças de alguns funcionários ocidentais contra a Federação Russa", disse o ministério.
Os exercícios envolvem mísseis do Distrito Militar Sul da Rússia, que fica adjacente à Ucrânia (e também partes da Ucrânia que, agora, estão sob controle russo).
A Belarus também participa exercícios, disseram os dois países. No ano passado, a Rússia disse que estava implantando armas nucleares táticas em território do país vizinho.
g1
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