Novembro 24, 2024

Michael Cohen, principal testemunha de julgamento criminal de Donald Trump, diz que roubou R$ 153 mil do ex-presidente dos EUA

Michael Cohen, a principal testemunha do julgamento criminal de Donald Trump na cidade de Nova York, afirmou nesta segunda-feira (20) que chegou a roubar dinheiro das empresas do ex-presidente dos Estados Unidos.

Cohen foi advogado de Trump durante anos. Ele afirmou que roubou pelo menos US$ 30 mil, cerca de R$ 153 mil—de seu antigo chefe (leia mais abaixo).

Trump está sendo julgado por ter ocultado contabilmente um pagamento para a atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha de 2016, quando foi eleito presidente. O dinheiro, segundo a Promotoria, foi uma forma de comprar o silêncio da atriz pornô para conseguir ser eleito, mas o valor nunca foi registrado como gasto eleitoral, e, sim, honorários para Cohen, que era advogado de Trump na época.

Cohen é a última testemunha da acusação. Os defensores de Trump tentam convencer os jurados que o antigo aliado do cliente deles não é confiável. Os representantes de Trump dizem que ele é um mentiroso que quer se vingar do ex-presidente.

O roubo dos R$ 153 mil
A história do roubo do dinheiro foi relatada após uma pergunta de Todd Blanche um dos representantes da defesa.

Cohen era advogado de Donald Trump e ficou incumbido de fazer um pagamento a uma empresa de tecnologia. A Organização Trump deu a ele US$ 50 mil para o pagamento, mas ele só entregou US$ 20 mil (em notas) e ficou com o resto.

Dirigindo-se a Cohen, Blanche perguntou: “Então você roubou da Organização Trump”?

Cohen respondeu: “Sim, senhor”.

Julgamento está perto do fim
O juiz do caso, Juam Merchan, afirma que espera que os argumentos finais das partes sejam apresentados no dia 28 de maio.

Portanto, pode ser que os jurados comecem a discutir qual vai ser o veredito na próxima semana.

Cohen é a última testemunha da acusação e não está claro ainda se a defesa vai chamar alguém para prestar depoimento na frente dos jurados –e nem se o próprio Donald Trump vai ser questionado.

O promotor que lidera o caso, Alvin Bragg, até pode convocar novas testemunhas, caso entenda que a defesa questionou alguma pessoa que colocou algum argumento da promotoria em xeque.

Os advogados de defesa disseram que ainda não decidiram se Trump vai testemunhar –essa é considerada uma tática arriscada, porque os promotores também podem fazer perguntas a Trump se a defesa o convocar.

É provável que os representantes do ex-presidente chamem para depor o professor de direito Bradley A. Smith. Apesar desse acadêmico ser do Partido Republicano (o mesmo de Trump), ele foi nomeado por Bill Clinton (do Partido Democrata) para a Comissão Federal de Eleições.

O intuito da defesa é que Smith rebata a ideia da acusação de que os pagamentos de dinheiro para “comprar o silêncio” sejam violações de leis sobre gastos de campanha.

O juiz, no entanto, não vai permitir que Smith diga tudo o que quer em seu depoimento.

O professor vai poder explicar, de maneira geral, as regras da Comissão Federal de Eleições, mas não poderá interpretar essas leis –ou mesmo se o caso em questão constitui um crime.

Trump comprou o silêncio da atriz pornô
No total, Trump pode ser condenado por 34 acusações diferentes (nos EUA, um mesmo crime pode implicar diversas acusações).

O caso todo tem como base o fato de o pagamento de dinheiro para a atriz pornô Stormy Daniels ter sido registrado como despesas com advogados, e não como um dinheiro para “comprar o silêncio” dela.

O ex-presidente afirma que é inocente. Os advogados dizem que não há nenhum crime na operação para comprar o silêncio de Daniels.

g1 PB
Portal Santo André em Foco

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