Mai 11, 2024

Centro-direita se alia à esquerda para governar Portugal e isola o partido Chega, de extrema direita

Os deputados de centro-direita e de esquerda do Parlamento de Portugal se uniram para eleger José Pedro Aguiar-Branco como presidente da Assembleia da República e deixar o Chega, o partido de extrema direita, de fora da coalizão de governo nesta quarta-feira (27).

Aguiar-Branco, de centro-direita, teve 160 votos, e o candidato do Chega, Rui Paulo Sousa, teve 50 votos entre os parlamentares.

A centro-direita e o Partido Socialista, de esquerda, fizeram um acordo pelo qual a presidência do Parlamento será rotativa: ficará dois anos com Aguiar-Branco e, no fim desse prazo, ele vai renunciar para que um candidato dos socialistas seja eleito para o cargo.

Aguiar-Branco foi eleito nesta quarta-feira na quarta votação entre os parlamentares.

Eleição geral
O Partido Social Democrata é um dos que formam a coalizão Aliança Democrática (AD), a vencedora das eleições gerais que aconteceram em 10 de março. O Partido Socialista ficou em segundo, com poucos votos atrás.

Em terceiro ficou o partido de extrema direita Chega, que quadruplicou sua representação parlamentar, refletindo uma inclinação política para o populismo de direita em toda a Europa.

Somados, o PSD e os socialistas têm 156 assentos no Parlamento de 230 deputados, o suficiente para eleger um presidente.

Analistas previam instabilidade para o governo minoritário da AD, que tem apenas 80 assentos e provavelmente não coseguiria aprovar leis sem o apoio do Chega, cujo líder André Ventura chegou a exigir um acordo de longo prazo em troca de apoio.

O líder da AD, Luis Montenegro, recusou qualquer acordo formal com o Chega.

Na segunda-feira (25), Ventura disse que seu partido havia chegado a um "entendimento" com a AD sobre a eleição de Aguiar Branco. No entanto, depois que vários membros da AD negaram a existência de um acordo, seu candidato não conseguiu obter votos suficientes, e Ventura acusou a AD de "pisotear" o Chega.

Após o compromisso anunciado na quarta-feira, Ventura disse que isso mostrava claramente que o PSD havia escolhido seu "companheiro de jornada" para seu mandato e que agora precisa governar com ele.

g1
Portal Santo André em Foco

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