Um dos centros de distribuição de alimentos da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza foi atingido nesta quarta-feira (13) por um ataque que deixou um morto e 22 feridos, de acordo com a organização.
A UNRWA disse que um funcionário da ONU morreu no bombardeio. Já o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, fala em quatro mortos.
"Todos os dias, nós compartilhamos as coordenadas de todos os nossos centros com ambas as partes do conflito. O Exército de Isrel recebeu as coordenadas, incluindo as desse centro, ontem, disse o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, na rede social X.
"O ataque de hoje em um dos poucos centros de distribuição da UNRWA restantes na Faixa de Gaza acontece em um momento em que os alimentos estão ficando mais escassos e a fome está se espalhando", completa.
Um fotógrafo da agência de notícias AFP observou que vítimas foram levadas ao hospital Al Najjar, em Rafah, e pelo menos uma foi identificada pelos presentes como funcionária da ONU.
Rafah, que fica na fronteira entre Gaza e o Egito, é considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas - quase toda a população da Faixa de Gaza - que desde o início da guerra entre Israel e o Hamas deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel.
Milhares de palestinos buscaram têm buscado abrigo na cidade, já que a cidade vinha sendo poupada dos ataques das forças de Israel durante a guerra contra o Hamas.
No entanto, no início de fevereiro, Israel anunciou que pretendia fazer bombardeios na cidade em busca de terroristas do Hamas. Na ocasião, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que seu Exército preparasse um plano de retirada da população civil na cidade.
O anúncio foi criticado pela ONU, que disse que a ocupação pode ter graves consequências humanitárias, já que a população não tem para onde ir.
Os Estados Unidos, que têm criticado as ações de Israel em Gaza, também vinham tentando que o acordo para uma nova trégua entre as duas partes saísse antes de Tel Aviv anunciar a ofensiva em Rafah.
É na cidade, também, para onde os milhares de estrangeiros que estavam na Faixa de Gaza quando a guerra estourou vão quando recebem autorização para deixar o território - eles saem de lá pela passagem fronteiriça com o Egito, aberta apenas para a entrada de ajuda humanitária e saída de estrangeiros previamente autorizados ou de casos hospitalares emergenciais.
France Presse
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