O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deve comparecer a um tribunal de justiça de Nova York nesta quinta-feira (15), para que o juiz Juan Merchan avalie seu pedido de retirada de queixas no caso em que é acusado de falsificar pagamentos (relembre o processo mais abaixo).
Trump se declara inocente e afirma que o promotor Alvin Bragg, que é democrata - e quem o indiciou no caso, têm apenas fim partidários.
A audiência está marcada para 9h30, no horário local (ou 11h30, horário de Brasília).
Se o juiz negar o pedido de Trump sobre rejeitar as acusações, Merchan deve definir os detalhes do julgamento do caso, que está previsto para 25 de março.
Vale lembrar que o ex-presidente usa de suas redes sociais para criticar Bragg, chamando-o de ativista e de que ele está vinculado ao filantropo George Soros.
O processo contra o ex-presidente começou após ter sido descoberto um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels às vésperas da eleição presidencial de 2016. Trump queria impedir que ela falasse para uma revista que os dois tiveram um caso.
O ex-presidente admite que ordenou o pagamento para silenciar a atriz, mas afirma que não foi irregular.
A Promotoria alega que, de agosto de 2015 a dezembro de 2017, Trump orquestrou um esquema para influenciar a eleição de 2016 que consistia em identificar e comprar informações negativas sobre ele para impedir que fossem publicadas.
Quem desembolsou os US$ 130 mil dólares pagos a Stormy Daniels foi o então advogado de Trump, Michael Cohen. O processo afirma que este pagamento foi ilegal. Trump reembolsou Cohen em 2017, quando já era presidente dos Estados Unidos.
Os promotores afirmam que os cheques dados ao advogado foram emitidos pela Organização Trump, e que a emissão dos cheques foi disfarçada como pagamento de serviços jurídicos.
Segundo o documento, Trump falsificou esses registros da empresa para encobrir a conduta criminal dele e de outros.
''É um crime falsificar documentos com a intenção de encobrir outro crime. Não importa quem você seja”, disse o promotor Alvin Bragg.
Audiência em Geórgia
Em uma audiência separada também nesta quinta-feira (15), os advogados de Trump devem pedir a um juiz da Geórgia, nos Estados Unidos, que desqualifique a promotora, Fani Willis, que o acusa de tentar anular a última eleição presidencial norte-americana, vencida por Joe Biden.
Eles afirmam que ela teve uma relação com Nathan Wade, um advogado, contratado pela promotoria para trabalhar no caso contra Trump. Ou seja, para os advogados do ex-presidente, se trata de um conflito de interesse - já que ambos são um casal - e que houve violação do código de ética.
A promotora protocolou um documento na Justiça no qual afirma que a tentativa de afastá-la do caso “não tem mérito”.
"As alegações são sensacionalistas e chamaram a atenção da mídia para a qual foram feitas, mas nenhuma tem qualquer base para que este Tribunal ordene a saída que (os réus) procuram", disse Willis, de acordo com uma cópia de uma petição postada online por veículos de imprensa dos EUA.
Trump também enfrenta acusações federais em Washington, D.C., pelos seus esforços para anular a derrota nas eleições de 2020, e na Florida, pela forma como lidou com documentos governamentais. Ele se declarou inocente de todas as acusações.
g1
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