Novembro 24, 2024

Ucrânia diz ter bombardeado navio de guerra russo na costa da Crimeia

A Ucrânia afirmou nesta quinta-feira (1º) ter bombardeado e destruído um navio de guerra da Rússia na Crimeia, a península ucraniana anexada por Moscou em 2014.

O suposto contra-ataque ucraniano acontece em um dia de vitória para Kiev na batalha por mais apoio financeiro do Ocidente: a União Europeia aprovou um pacote de 50 bilhões de euros (cerca de R$ 267) de ajuda para a Ucrânia (leia mais abaixo).

O Serviço de Inteligência do país divulgou um vídeo que diz mostrar imagens do momento em que a embarcação é atingida por um míssil disparado por uma unidade especial do Ministério da Defesa (veja acima).

Segundo a pasta, o navio russo foi bombardeado no Mar Negro, perto da costa da Crimeia. O governo russo não havia se manifestado sobre o suposto ataque até a última atualização desta reportagem

Ajuda da UE
Também nesta quinta, todos os 27 membros da União Europeia concordaram em oferecer 50 bilhões de euros para a Ucrânia, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

“Isso garante um financiamento constante, previsível e de longo prazo para a Ucrânia”, acrescentou. "A UE está assumirá a liderança e a responsabilidade no apoio à Ucrânia; sabemos o que está em jogo".

O acordo vinha sendo vetado pelo primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que votou contra o pacote de ajuda em dezembro, quando europeus anunciarem o início do processo de adesão da Ucrânia ao bloco. Orbán, de extrema direita, é o líder da UE mais próximo do presidente russo, Vladimir Putin.

Nesta quinta, porém, em cúpula em Bruxelas, os outros líderes do bloco conseguiram o voto favorável de Orbán.

A ajuda financeira chega duas semanas depois de as autoridades ucranianas dizerem ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que o país precisa de US$ 5 bilhões (cerca de R$ 26,7 bilhões) por mês para manter a economia do país operando.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já declarou que o país precisa de US$ 7 bilhões (cerca de R$ 37,3 bilhões) ao mês para compensar perdas econômicas. Nesta quinta, Zelensky agradeceu a ajuda aos países europeus.

Escalada da guerra
Além da batalha financeira, a Ucrânia tem enfrentado também uma escalada de ataques russos na guerra entre os dois países, que já dura quase dois anos.

Desde o fim de dezembro, tropas russas têm bombardeado alvos civis em grandes cidades da Ucrânia , segundo autoridades ucranianas. Os ataques contrastam com o cenário da guerra no país ao longo de 2023, com ações mais concentradas nas frentes de batalha.

Em 29 de dezembro, Moscou fez um dos maiores ataques coordenados à Ucrânia, atingindo alvos civis como uma maternidade e deixando 30 mortos, segundo Kiev.

No fim de janeiro, uma aeronave militar russa que, segundo Moscou, transportava prisioneiros ucranianos, caiu em uma zona de fronteira entre os dois países. O Kremlin acusou a Ucrânia de ter derrubado a aeronave com mísseis fornecidos pelos Estados Unidos.

O governo ucraniano, que tem adotado como praxe não confirmar nem negar ataques em território russo cuja autoria é atribuída à Ucrânia, afirmou apenas que a Rússia não pediu proteção do espaço aéreo no local onde o avião caiu.

Cúpula da UE X manifestantes
Os líderes chefes de Estado e de Governo da UE se encontraram nesta manhã para determinar se haveria ou não apoio financeiro aos ucranianos. E a cúpula aconteceu enquanto agricultores ateavam fogos em pneus e jogavam ovos em frente ao Parlamento da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, e em outras regiões da Europa.

Os manifestantes esperam que o bloco europeu avalie um afrouxamento das regras que regem as políticas agrícolas do país, para melhorar as condições de produção.

g1
Portal Santo André em Foco

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