O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu nesta quinta-feira (4) a autoria do ataque que levou à morte de 84 pessoas durante uma caminhada na cidade de Kerman, no Irã. As pessoas participariam de uma homenagem pelos quatro anos da morte de Qassem Soleimani, assassinado pelos Estados Unidos em 2020.
A mensagem foi transmitida em um canal dos terroristas no Telegram.
O ataque, na quarta-feira (3), se deu por meio de duas explosões contra um grupo de pessoas que faziam uma procissão para o túmulo de Qassem Soleimani, o general iraniano morto por um ataque com drone dos Estados Unidos em 2020. Além das 84 mortes, houve 211 feridos, segundo serviços de emergência do Irã.
Kerman fica a cerca de 820 quilômetros da capital Teerã.
A primeira explosão, segundo o serviço de emergência de Kerman, aconteceu a cerca de 700 metros do túmulo do general iraniano. Já a segunda explosão ocorreu minutos depois, em um ponto mais afastado e perto das primeiras equipes de emergência que já haviam chegado, ainda de acordo com as autoridades locais.
Ainda na quarta, logo após o ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, não nomeou culpados, mas afirmou que o ataque foi feito por "inimigos malignos e criminosos da nação iraniana".
"Os inimigos malignos e criminosos da nação iraniana criaram mais uma vez uma tragédia e martirizaram um grande número do nosso querido povo em Kerman, na atmosfera perfumada dos túmulos dos mártires em Kerman", declarou, em comunicado.
Não foi o primeiro ataque reivindicado pelo Estado Islâmico no Irã. Em 2022, o grupo terrorista assumiu um ataque que matou 15 pessoas num santuário xiita.
g1
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