O atual presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, venceu as eleições de seu país e garantiu um terceiro mandato, segundo resultados anunciados nesta segunda-feira (18) pelo tribunal eleitoral do país.

Al-Sisi, segundo o tribunal, obteve 89,6% dos votos em uma disputa ofuscada pela guerra em Gaza e por uma crise econômica interna.

O presidente egípcio já comanda o país há dez anos, e, no novo mandato, com duração de seis anos, governará até 2030.

Sisi concorreu contra três outros candidatos, todos com pouco apoio. Pesquisas durante a campanha já apontavam que a possibilidade de alguns deles vencer al-Sisi era muito baixa. No entanto, o segundo colocado afirmou que sua campanha foi parcialmente censurada por autoridades e que dezenas de apoiadores foram presos.

Sisi foi eleito presidente pela primeira vez em 2014 e reeleito em 2018, ambas as vezes com 97% dos votos - em 2018, seu governo aumentou o mandato presidencial de quatro para seis anos.

A participação nas eleições presidenciais do Egito, que ocorreram por três dias durante a semana passada, foi de 66,8%.

As eleições foram marcadas por um grande esforço para mobilizar os eleitores, apesar da apatia generalizada e impulsionar a participação acima dos 41% registados nas eleições anteriores, em 2018.

Egito na guerra
As eleições egípcias foram ofuscadas pela guerra entre Hamas e Israel, que acontece perto da fronteira nordeste do Egito e acabaram arrastando o país para o conflito.

Principalmente pelo fato de a única saída atual de pessoas da Faixa de Gaza ocorre na cidade fronteiriça de Rafah, que divide a Faixa de Gaza e o Egito.

Foi por lá que saíram as duas levas de brasileiros e parentes que o Itamaraty já conseguiu retirar do território palestino.

Além disso, ao lado do Catar, Al-sisi tem atuado como mediador entre os dois lados, principalmente nas negociações para a liberação de reféns, o que aumentou a popularidade do presidente egípcio.

Reuters
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