Vários comboios de caminhões carregados com ajuda humanitária, 50 mil litros de combustível e equipamentos para a instalação de um hospital de campanha jordaniano entraram nesta segunda-feira (20) na Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, que liga o enclave palestino ao Egito.
Fontes na passagem disseram à Agência EFE que entraram em Gaza dois caminhões-tanque carregados com 50 mil litros de combustível, uma quantidade insuficiente desse recurso vital para o funcionamento de hospitais, padarias e estações de purificação de água.
Segundo a ONU, são necessários pelo menos 160 mil litros por dia para atender às necessidades básicas dos 2,2 milhões de habitantes da Faixa, que estão à beira de uma catástrofe humanitária.
De acordo com fontes, isso eleva para nove o número de caminhões-tanque que entraram no enclave palestino desde que Israel permitiu o acesso ao combustível na última quinta-feira (16), sob pressão internacional.
Enquanto isso, a Corte Real da Jordânia anunciou em comunicado que 40 caminhões entraram na Faixa de Gaza com o material necessário para a instalação de um hospital de campanha na cidade de Khan Younis, no sul do enclave, bem como 145 médicos jordanianos especializados em várias disciplinas.
O hospital contará com 41 leitos, uma unidade de terapia intensiva, incubadoras, departamentos de obstetrícia e ginecologia, uma farmácia e um laboratório, entre outros.
Enquanto isso, o ministro da Saúde do Egito, Khaled Abdelgafar, viajou para Rafah nesta segunda-feira para receber 62 pacientes com câncer e 28 bebês prematuros palestinos evacuados para tratamento na Turquia e no Egito, respectivamente.
Além disso, espera-se que um novo grupo de estrangeiros e palestinos com dupla cidadania deixe a Faixa de Gaza nesta segunda-feira, incluindo 35 espanhóis-palestinos, a última parte dos 180 cidadãos espanhóis e suas famílias que se registraram para sair da região.
De acordo com os dados fornecidos pelo Centro de Imprensa do Egito, um total de 6.713 estrangeiros e 929 egípcios foram evacuados da Faixa de Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro.
Desde então, 236 feridos e 197 acompanhantes deixaram o enclave, que recebeu 1.284 caminhões com mais de 12.300 toneladas de ajuda humanitária.
EFE
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