O Ministério das Relações Exteriores do Irã disse, nesta segunda-feira (16), que o Hamas estava pronto para libertar os quase 200 reféns que mantém, caso Israel interrompa sua campanha de ataques aéreos na Faixa de Gaza. O grupo terrorista, no entanto, não confirmou ter feito tal oferta.
Em entrevista coletiva em Teerã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, disse que integrantes do Hamas "estão prontos para tomar as medidas necessárias para libertar os cidadãos e civis detidos por grupos de resistência, mas o seu argumento é que tais medidas requerem preparativos que são impossíveis sob o bombardeamento diário dos sionistas contra várias partes de Gaza".
Terroristas do Hamas invadiram Israel em 7 de outubro e assassinaram mais de 1.400 israelenses, a maioria civis. Os militantes também sequestraram pelo menos 199 pessoas — número que inclui bebês e idosos — e as mantêm prisioneiras em Gaza. O paradeiro delas não é conhecido publicamente, mas as suas famílias têm pressionado urgentemente pela sua libertação.
'Não nos testem'
O Irã avisa que também poderá entrar na guerra se Israel lançar uma ofensiva terrestre amplamente esperada na Faixa de Gaza nos próximos dias. A teocracia do Irã é um dos principais patrocinadores do Hamas na sua luta contra Israel, o arqui-inimigo regional de Teerã.
O grupo de milícias xiitas libanesas Hezbollah, que também é patrocinado pelo Irã, já lançou mísseis contra Israel, embora insista que isso represente um "aviso" para Israel e não a sua entrada total na guerra.
Ahmed Abdul-Hadi, o representante do Hamas no Líbano, disse que o Irã e o Hezbollah não permitirão que Israel "esmague Gaza" nem lance um "ataque terrestre abrangente". O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por sua vez, avisou aos membros do Hezbollah no Líbano e os seus apoiadores iranianos que eles pagarão um preço elevado se se envolverem na guerra.
Falando ao Knesset israelense na segunda-feira, Netanyahu alertou o Irã e o Hezbollah: "Não nos testem no norte. Não cometam o erro do passado. Hoje, o preço que pagarão será muito mais elevado", referindo-se à guerra de Israel com o Hezbollah em 2006.
Agência Estado
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