Novembro 25, 2024

Filho de Joe Biden é acusado formalmente na Justiça em caso de posse de arma

O filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Hunter Biden, foi acusado criminalmente nesta quinta-feira (14) em um caso de posse ilegal de arma de fogo. O processo foi levado à Justiça dos EUA pelo promotor David Weiss.

Antes da apresentação da denúncia, houve uma tentativa de fechar um acordo judicial, mas essa negociação não deu certo.

Joe Biden, de 80 anos, é candidato à reeleição e deve enfrentar seu antecessor no cargo de presidente, Donald Trump, de 77 anos, que enfrenta quatro julgamentos criminais.

Weiss foi promovido a Procurador Especial em agosto, após investigar os negócios de Hunter Biden por anos como procurador dos EUA no estado natal do presidente democrata, Delaware. Weiss foi originalmente nomeado por Trump.

O filho mais jovem de Biden tem sido alvo de ataques por parte de Trump e seus aliados republicanos, que o acusaram de irregularidades relacionadas à Ucrânia e à China, entre outros assuntos.

Hunter trabalhou como lobista, advogado, banqueiro de investimentos e artista. Ele já teve problemas com uso de drogas.

Quando Hunter foi comprar uma arma, ele precisou preencher um formulário e, nesse documento, afirmou que ele não fazia uso de drogas, o que não era verdade.

Investigações no Congresso
Deputados dos EUA têm investigado Hunter há meses. Uma parte da oposição quer o impeachment de Biden por causa dos negócios do filho dele, apesar de não terem apresentado evidências de que o presidente tenha se beneficiado do trabalho de Hunter como lobista.

O próprio Hunter Biden contou, em dezembro de 2020, que Ministério Público estava investigando suas contas e seus pagamentos de impostos. Ele negou irregularidades.

Hunter Biden nunca ocupou um cargo no governo dos EUA ou na campanha eleitoral do pai. O presidente afirmou que nunca discutiu negócios estrangeiros com seu filho e que seu Departamento de Justiça teria independência em qualquer investigação envolvendo um membro de sua família.

Burisma
Trump e outros republicanos alegaram o que chamaram de conflitos de interesse da posição de Hunter Biden no conselho de administração da Burisma, uma empresa de energia ucraniana, na época em que seu pai era vice do então presidente democrata Barack Obama.

Em julho de 2020, Trump conversou com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para pedir que ele abrisse uma investigação sobre Joe e Hunter Biden na Ucrânia. A ideia era usar isso na campana presidencial dos EUA daquele ano.

A Câmara dos Deputados, liderada pelos democratas, posteriormente votou a favor do impeachment de Trump por abuso de poder e obstrução ao Congresso relacionados a esse tentativa de Trump de pressionar Zelensky. O Senado decidu manter Trump no cargo.

Memórias de Hunter
Em 2021, Hunter Biden relatou seus problemas com uso de drogas, incluindo o uso de crack e alcoolismo. Ele foi dispensado da reserva da Marinha dos EUA em 2014 depois de, segundo fontes da época, ter testado positivo para cocaína.

A investigação de Weiss inicialmente examinou possíveis violações das leis fiscais e de lavagem de dinheiro em negócios estrangeiros, principalmente na China. A investigação liderada por Weiss começou em 2018, de acordo com relatos da mídia dos EUA.

Inicialmente, Hunter Biden concordou em se declarar culpado das acusações de não pagamento de mais de U$ 100 mil em impostos de renda em 2017 e 2018. O acordo fracassou após um juiz federal questionar se o acordo impediria os promotores de apresentar acusações sobre outras questões.

g1
Portal Santo André em Foco

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