O supertufão Saola atingiu o sul da China neste sábado (2) e causou ao menos uma morte no país. A tempestade tocou o solo por volta das 3h30 (horário local) na cidade de Zhuhai, em Guangdong, segundo o Centro Meteorológico Nacional da China.
Segundo a imprensa local, uma pessoa morreu em Shenzhen depois de uma árvore cair e atingir seu veículo. As regiões de Hong Kong e Macau também registraram ventos fortes.
O tufão registrou ventos de cerca de 200 km/h e é apontado como um dos mais intensos a ter atingido o sul da China. Após chegar a cidade de Zhuhai, em Guangdong, os ventos diminuíram o ritmo, mas ainda atingiam 160 km/h.
Em Hong Kong, mais de 500 pessoas buscaram ajuda em abrigos, e mais de 50 foram encaminhadas a hospitais, segundo o governo.
Cerca de 460 voos foram cancelados e 300 pessoas ficaram presas no aeroporto da região entre a noite de sexta-feira (1º) e a manhã de sábado (2). Escolas e estabelecimentos comerciais também ficaram fechados.
Na sexta, o Observatório Meteorológico de Hong Kong decretou alerta máximo, nível de advertência conhecido como "T10" que, até então, só havia sido acionado 16 vezes desde a Segunda Guerra Mundial. No sábado, à medida em que o tufão desacelerava, o alerta caiu para o nível 8.
A cidades atingidas pelo Saola ficam em uma região de planíces e muito povoada. O Centro Meteorológico Nacional da China projetou que o tufão se tornaria o mais potente a atingir essa área desde 1949.
Mais de 880 mil pessoas foram retiradas de suas casas em duas províncias chinesas, centenas de voos foram cancelados e árvores foram arrancadas pela raiz em Hong Kong. Na ilha, até mesmo o início do ano letivo foi adiado (no Hemisfério Norte, o ano letivo começa no segundo semestre).
Hong Kong
As ruas de Hong Kong amanheceram quase desertas, e os comerciantes tentaram proteger suas lojas, colocando fita adesiva em vitrines e janelas. Segundo os moradores, comida congelada e vegetais se esgotaram nos supermercados.
No centro financeiro internacional, a sessão da bolsa foi suspensa, e as escolas adiaram o início do ano letivo.
Em Heng Fa Chuen, um bairro residencial no litoral do leste de Hong Kong, devastado pela passagem do tufão Mangkhut em 2018, alguns funcionários vestidos com coletes laranja pediam aos curiosos que tentavam ver a tempestade que voltassem para casa, em meio ao vendaval que sacudia as árvores.
Outras cidades
Tufões intensos
A mudança climática aumentou a intensidade das tempestades tropicais, com mais chuvas e rajadas ainda mais fortes que provocam inundações repentinas e danos às regiões costeiras, afirmam os cientistas.
Saola obrigou milhares de pessoas a abandonarem suas casas durante a passagem pelo norte das Filipinas durante a semana, mas não foram relatadas vítimas até o momento.
O sul da China é afetado com frequência, no verão e outono (hemisfério norte, inverno e primavera no Brasil), por tufões que se formam nas águas quentes ao leste das Filipinas e avançam em direção ao oeste.
Embora possam causar perturbações em cidades como Hong Kong, as mortes são raras, devido aos avanços nos métodos de construção e nos sistemas de gestão de inundações.
France Presse
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