Os Estados Unidos aplicaram novas sanções a empresas da área do petróleo nesta terça-feira (24) para abalar os laços do regime de Nicolás Maduro na Venezuela com Cuba.
"Os benfeitores cubanos de Maduro cuidam do regime e sustentam o aparato repressivo e de inteligência", disse o secretário do Tesouro Steven Mnuchin.
A decisão desta terça-feira se soma a outras adotadas para debilitar o apoio a Maduro, que está lidando com uma crise política e econômica quem, segundo a ONU, torna a assistência humanitária necessária a um quarto dos 30 milhões de venezuelanos.
As novas sanções são voltadas a quatro empresas – três registradas no Panamá e outra no Chipre – que enviam petróleo venezuelano a Cuba, além de quatro navios petroleiros.
"O petróleo da Venezuela pertence aos venezuelanos e não deveria ser usado como moeda de troca para sustentar ditadores e prolongar a usurpação da democracia venezuelana", disse Mnuchin.
Nesta tarde, em discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que "o ditador Maduro é um fantoche de Cuba".
Pressão ao setor de petróleo
O secretário Mnuchin, que se refere ao governo de Maduro como "o ex-regime ilegítimo", intensificou as sanções contra a petroleira estatal venezuelana PDVSA, que é a principal fonte de divisas do país.
As empresas afetadas pela sanção desta terça são Caroil Transport Marine Ltd., com sede no Chipre, e as baseadas no Panamá: Trocana World Inc., Tovase Development Corp e Bluelane Overseas SA.
As empresas terão seus ativos nos EUA congelados e também não poderão fazer negócios ou movimentações financeiras.
Acordo para investigar ligados a Maduro
Um dia antes, países signatários do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (Tiar) – inclusive EUA e Brasil – assinaram dispositivo para apertar a fiscalização contra pessoas e empresas suspeitas de vínculos com o regime de Maduro e com o narcotráfico e crime organizado.
"O objetivo é evitar que a Venezuela continue sendo território livre para atividades ilícitas e criminosas, que constituem graves ameaças à segurança regional, além de castigo sistemático ao povo venezuelano", disse o Itamaraty, em nota.
Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores, a resolução reconhece a situação na Venezuela uma ameaça "à segurança e estabilidade do Hemisfério".
France Presse
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