8 pessoas morreram e 11 estão desaparecidas após um deslizamento de terra na noite de segunda-feira, na rodovia que liga Bogotá ao sudeste da Colômbia, perto do município de Quetame, departamento de Cundinamarca.
"Não foi possível calcular o número de pessoas desaparecidas, mas fala-se de 11 (...) Estamos tentando identificar as pessoas que moravam nestas 20 casas destruídas", disse à AFP o coronel Jorge Díaz, diretor local da Defesa Civil, ao telejornal Noticias Caracol.
O Corpo de Bombeiros do departamento de Cundinamarca, onde fica Quetame, reportou que "em consequência das fortes chuvas na tarde e noite de ontem, por volta das 23h15 (01h15 de terça, no horário de Brasília), surgiu um deslizamento torrencial no povoado de Naranjal".
Grandes pedras e lama obstruíram a via entre Bogotá e Villavicencio, um dos principais corredores de carga do país e onde este tipo de deslizamento é comum, segundo apurou um jornalista da AFP. A estrada continua interditada e vários caminhões e motos ficaram presos na lama.
Dois metros de lama
"A smortes que atingem Quetame mostram a necessidade urgente de ordenar o território em torno da água (...) Meus pêsames às famílias das vítimas", escreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, em sua conta no Twitter.
Nesta terça-feira, foi anunciado que o Exército enviou 80 militares para a região para ajudar na busca pelos desaparecidos.
O prefeito do município, Camilo Parrado, lamentou que "muitos lares perderam dois, três e até quatro membros da sua família" e acrescentou que "as agências de socorro estão reiniciando as buscas com drones. A lama tinha quase um metro (de altura) em alguns setores, em outros, dois metros, isso é muito complexo", explicou à Rádio El Dorado.
Os bombeiros conseguiram retirar cerca de 40 sobreviventes do deslizamento: seis deles foram levados para centros médicos com ferimentos.
Veículos locais relataram engarrafamentos na saída de Bogotá até Villavicencio, a principal cidade do sudeste da Colômbia.
A temporada de chuvas na Colômbia começou em junho e deve prosseguir até novembro. No ano passado, 300 pessoas morreram e 700 mil foram afetadas pelas tempestades.
Reuters
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