A Corte Internacional de Justiça rejeitou nesta quinta-feira (13) um pedido da Nicarágua para expandir seus direitos em alto-mar e ocupar parte do espaço marítimo de ilhas colombianas no Mar do Caribe.
A decisão enterra uma disputa de um século entre o país e a Colômbia, que lutava contra a expansão por proteger suas ilhas perto da costa de Nicarágua - as de San Andrés e Providência e Santa Catalina.
O governo nicaraguense foi então à Corte Internacional de Justiça - o tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) para resolver conflitos entre nações - pedindo uma expansão de seus direitos em alto mar.
Mas, nesta terça, a Corte negou o pedido e decidiu que a Nicarágua não pode expandir seus poderes para além dos 370 quilômetros de sua costa.
Segundo a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar, as águas internacionais começam a partir de 200 milhas náuticas - cerca de 370 quilômetros - da costa de cada país. Nestas áreas, os Estados não têm soberania nacional nem comercial para aplicar suas legislações.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, celebrou a sentença do tribunal da ONU.
"Uma grande vitória para a Colômbia em Haia", disse Petro. "A CIJ não cedeu às reivindicações da Nicarágua de expandir sua plataforma continental. Com esta decisão esperamos encerrar a disputa fronteiriça e focar em trazer desenvolvimento sustentável para o nosso arquipélago".
Autoridades das ilhas colombianas também celebraram a decisão, que disseram ver como um alívio. Mas aproveitaram a ocasião para pedir a Petro mais investimentos no arquipélago.
Em novembro de 2021, em meio à pandemia de coronavírus, o furacão Iota de categoria 5 atingiu Providência, destruindo ou danificando quase toda a infraestrutura da ilha, que abriga cerca de 6.000 pessoas.
g1
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