Autoridades encontraram nesta terça-feira (11) o corpo de um menino de aproximadamente 3 anos em uma praia no nordeste da Espanha.
A suspeita é de que a criança naufragou quando atravessava o Mar Mediterrâneo em um barco de migrantes, segundo o prefeito local, Pere Virgil.
O corpo foi encontrado na praia de Roda de Berà, em Tarragona, cidade a cerca de 100 quilômetros de Barcelona, na região da Catalunha. A praia fica no nordeste da Espanha, um ponto atípico de chegada de migrantes. No entanto, a suspeita é a de que o corpo da criança, que estava já em estado de decomposição, tenha sido arrastado até o local por correntes marítimas.
O corpo vai ser submetido ainda a uma biópsia, mas o caso já chocou o país. A costa da Espanha, segundo a ONG Walking Borders, virou a segunda rota mais perigosa para migrantes que tentam entrar na Europa de barco pelo Mediterrâneo, atrás apenas da costa sul da Itália.
Só em 2022, segundo a Walking Borders, 464 pessoas morreram no Mar Mediterrâneo em naufrágios de barcos que tentavam chegar à costa da Espanha.
Em 2015, em meio ao maior fluxo migratório para a Europa desde a 2ª Guerra Mundial, um caso também envolvendo o corpo de uma criança chocou o mundo. Policiais da Turquia encontrar na beira do mar em uma praia do país um menino de 2 anos morto.
A criança, identificada como Aylan, era da Síria e, como milhões de seu país, fugia da guerra civil e tentava chegar com a família em um barco na costa da Grécia, vindo da Turquia. Mas a embarcação virou durante o trajeto, e Aylan se afogou.
Seu corpo acabou sendo levado a uma praia na Turquia e foi encontrado no dia seguinte.
A imagem, que rodou o mundo, se tornou um símbolo da falha de países europeus em criar normas para regulamentar o fluxo migratório e garantir viagens seguras a pessoas que, como Aylan, teriam direito ao visto de refugiado em qualquer país europeu, por estar fugindo de uma guerra.
g1
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