O Conselho Constitucional francês aprovou nesta sexta-feira (14) medidas importantes da impopular reforma previdenciária de Macron, como aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030. Alguns pontos menos controversos serão censurados.
A instituição rejeitou, também, um pedido da oposição de esquerda para a realização de um referendo que limitasse a idade da reforma aos 62 anos. O conflito social acerca do caso foi bastante inflamado nos últimos meses, que contaram com protestos massivos.
Os manifestantes protestam contra a mudança da idade de aposentadoria — de 62 para 64 anos até 2030 — e a antecipação para 2027 da exigência de contribuição por 43 anos, em vez dos atuais 42, para que se tenha direito à pensão integral.
Além disso, o povo também cobra uma fala de Emmanuel Macron, atual presidente francês — que disse durante sua campanha de reeleição que estava "aberto a reduzir a idade de aposentadoria em pelo menos um ano" —, para alcançar um projeto consensual e negociar com a oposição.
Oito dos principais sindicatos franceses conseguiram mobilizar "mais de 2 milhões" de manifestantes, segundo a central CGT, e 1,12 milhão, segundo as autoridades, no primeiro grande dia de protestos.
A movimentação está sendo um dos maiores protestos contra uma reforma social das últimas três décadas, e agora, com a decisão do Conselho Constitucional, as tensões devem aumentar ainda mais.
R7, com informações da AFP
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