Novembro 26, 2024

Caça russo sobrevoa Mar Báltico após aproximação de bombardeiros dos EUA

O Ministério da Defesa da Rússia disse que um caça russo Su-35 teve de ser acionado para sobrevoar o Mar Báltico na segunda-feira (20) após dois bombardeiros estratégicos dos Estados Unidos voarem na direção da fronteira russa.

Com a aproximação do Su-35 russo, as aeronaves norte-americanas se afastaram, segundo Moscou.

O incidente ocorreu após a queda de um drone dos Estados Unidos no Mar Negro em 14 de março, depois de o equipamento ser interceptado por jatos russos -- o primeiro encontro militar direto conhecido entre a Rússia e os Estados Unidos desde invasão russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado.

"Em 20 de março, as instalações de radar das forças de defesa aérea do distrito militar ocidental em serviço no Mar Báltico detectaram dois alvos aéreos voando na direção da fronteira estatal da Federação Russa", disse o Ministério da Defesa russo.

A pasta afirmou na nota que os alvos eram bombardeiros estratégicos B52H, da Força Aérea dos EUA.

Ainda segundo o comunicado, um jato de combate Su-35 decolou para evitar uma violação da fronteira. "Depois que a aeronave militar estrangeira se afastou da fronteira da Federação Russa, o caça russo voltou ao aeródromo de sua base", acrescentou o Ministério russo.

Moscou alegou que o voo do Su-35 foi feito estritamente de acordo com as regras internacionais de uso do espaço aéreo. "Nenhuma violação da fronteira do estado da Federação Russa foi permitida", afirmou.

Washington ainda não havia se posicionado sobre o suposto sobrevoo das aeronaves.

Visita de Xi à Rússia
O incidente ocorre também durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia, em uma viagem que acirrou ainda mais as tensões de Washington com Pequim e Moscou.

A viagem, segundo o Kremlin, acontece para discutir a "cooperação estratégica" entre os dois países. Pequim afirma que o ponto central do encontro entre Xi e Putin é a apresentação de um plano de paz feito pelo governo chinês - o que Kiev deve rejeitar por contemplar a permanência de tropas russas em áreas invadidas do território ucraniano.

Nesta terça Xi Jinping chamou seu país e a Rússia de "sócios estratégicos" e também convitou Putin para uma visita à China.

Reuters
Portal Santo André em Foco

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