Um caça Su-27 da Rússia atingiu a hélice de um drone militar de vigilância "Reaper" dos Estados Unidos nesta terça-feira (14), fazendo com que ele caísse no Mar Negro. Este é o primeiro incidente do tipo desde a invasão da Ucrânia pelos russos em 2022.
O Departamento de Defesa dos EUA afirmou que dois jatos russos realizaram uma interceptação "imprudente" do drone espião norte-americano, o que resultou na colisão entre o SU-27 e o equipamento. Várias vezes antes da colisão, as aeronaves despejaram combustível no drone e voaram na frente dele em manobras inseguras.
“Nossa aeronave MQ-9 estava conduzindo operações de rotina no espaço aéreo internacional quando foi interceptada e atingida por uma aeronave russa, resultando em um acidente e na perda total do MQ-9”, disse James Hecker, general da Força Aérea dos EUA, em comunicado.
"Na verdade, esse ato inseguro e pouco profissional dos russos quase causou a queda de ambas as aeronaves", afirmou.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que o drone norte-americano foi detectado perto da fronteira russa e, portanto, os jatos decolaram para averiguar a situação. A TASS, agência de notícias russa, negou o uso de armas aerotransportadas e o contato com o equipamento dos EUA.
"Devido a manobras bruscas, o drone norte-americano entrou em voo descontrolado com perda de altitude e colidiu com a superfície da água", pontua a agência.
Embora os Estados Unidos não tenham navios de guerra no Mar Negro, o país realiza sobrevoos da região rotineiramente.
"Estamos voando sobre esse espaço aéreo de forma consistente há um ano e vamos continuar a fazer isso", disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. "Não precisamos fazer nenhum tipo de check-in com os russos antes de voar no espaço aéreo internacional."
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, afimrou que o embaixador da Rússia em Washington será convocado para uma reunião ainda nesta terça-feira para falar sobre o acidente.
O Mar Negro fica entre a Europa e a Ásia e banha a Rússia e a Ucrânia, entre outros países.
Reuters
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