O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nesta terça-feira (7) uma série de medidas para combater o crime organizado em Rosário, em resposta a crescente onda de violência que atinge a região nos últimos dias.
A situação em Rosário recebeu atenção internacional na quinta-feira (1º), quando homens armados ameaçaram Messi por escrito em uma mensagem que deixaram depois de atirar em um supermercado de propriedade dos sogros do jogador. Ninguém ficou ferido neste ataque.
Em outro caso no domingo (5), uma criança morreu após atiradores atacarem uma festa de aniversário, no que investigadores acreditam ser uma disputa por território entre os traficantes. Esse tiroteio gerou uma grande revolta popular. (Leia mais sobre essa história abaixo)
"Vamos acabar com a violência criminosa dos delinquentes e dos mercadores da morte. Nenhuma organização criminosa ou rede mafiosa pode derrotar a força de um povo unido em defesa de sua terra e de sua vida em comunidade", disse Fernández.
Entre as medidas estão:
"Rosário é muito mais do que os problemas que está passando hoje e sabemos que sairá vitoriosa", disse Fernández.
Tiroteio em aniversário
Na segunda-feira (6), a polícia prendeu um homem suspeito de matar um menino em meio a uma onda de indignação com a crescente violência na cidade argentina de Rosário.
Máximo Jerez, de 11 anos, foi morto na manhã de domingo (5) quando um atirador atacou uma festa de aniversário. Outras três crianças, incluindo uma criança de dois anos, ficaram feridas.
Horas depois do enterro de Máximo na segunda-feira (6), pessoas no bairro de Rosário, no norte do país, onde o suposto agressor morava, invadiram a casa do suspeito.
A imprensa local mostrou imagens ao vivo de pessoas acendendo fogueiras e atirando pedras na casa do suspeito, que em um ponto apareceu com uma arma na mão e pareceu atirar.
A polícia prendeu o homem e depois teve que impedir que as pessoas o atacassem. Assim que o suspeito foi transferido, vizinhos destruíram sua casa e roubaram seus pertences.
Antonia Jerez, tia da criança falecida, disse à mídia local que os vizinhos estavam fartos e não queriam que um incidente como a morte de Máximo se repetisse.
As pessoas destruíram pelo menos três casas na área que, segundo eles, eram usadas por traficantes de drogas.
O evento foi uma nova reviravolta dramática para uma cidade onde os assassinatos relacionados às drogas alcançaram um nível incomum de violência na Argentina.
Adrian Spelta, o promotor encarregado da investigação, disse à mídia local que o tiroteio na festa de aniversário estava relacionado a uma briga por território entre gangues rivais.
g1
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