Cem horas de angústia e desespero, centenas de toneladas de escombros, um número de vítimas cada vez maior, resgates emocionantes e a dificuldade para a chegada de ajuda.
É com este balanço que o sul da Turquia e o norte da Síria fecham uma das piores semanas na história na região, após o terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o local na segunda-feira (6).
O número oficial de mortos por conta do tremor passa de 22 mil - a contagem quadruplicou desde segunda-feira (6), e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pode chegar a 40 mil.
O avanço das mortes tornou este terremoto o pior e mais mortal dos últimos 80 anos - superando outro tremor em território turco em 1999, que teve 17 mil mortos - e o sétimo mais mortal do mundo.
Até agora, estas são as principais informações sobre o terremoto:
Também nesta sexta-feira (10), a ajuda humanitária começou a chegar na Síria - a região afetada pelo terremoto nesse país é controlada por rebeldes, rivais ao presidente do país, Bashar al-Assad, que é quem oficialmente recebe toda a ajuda enviada por outros países.
Bashar al-Assad, que visitou nesta sexta à região, é acusado de não estar distribuindo a ajuda por conta da rivalidade.
Por enquanto, o socorro na parte síria afetada pelo terremoto é feita quase toda por cerca de 3.000 Capacetes Brancos, o grupo de voluntários que atuam no país há anos.
Para acelerar o socorro à Síria, a ONU abriu nesta sexta-feira um corredor humanitário entre o sul da Turquia e o norte sírio. Ancara afirmou também estar estudando abrir as fronteiras na região para facilitar a entrada de ajuda no país vizinho. A OMS disse nesta sexta que os recursos de resgate e manutenção das operações na Síria estão perto de terminar.
Essa ajuda é crucial, também para sobreviventes e pessoas que tiveram suas casas destruídas - a Turquia estima em mais de 70 mil esses afetados só na Turquia. Eles passaram a noite sob temperaturas negativas e sem aquecimento, dependendo apenas da alimentação e mantimentos da ajuda internacional.
g1
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