O Departamento de Estado dos EUA (órgão semelhante a um ministério de relações exteriores) afirmou, nesta quinta-feira (9), que acredita que o balão chinês que sobrevoou o território norte-americano na semana passada tinha capacidade de monitorar sinais de comunicação.
O governo dos EUA alega que o balão, que apareceu misteriosamente nos céus de estados da costa oeste do país, era um equipamento de espionagem. O governo chinês negou e alegou que o balão era usado para fins meteorológicos e científicos.
Dias depois, o balão foi derrubado por um caça das Forças Armadas dos EUA.
Com o material do balão em mãos, Washington iniciou uma investigação e, nesta quinta, disse ter constatado a capacidade de o balão captar sinais de comunicação no entorno de onde ele sobrevoa. Os Estados Unidos afirmaram ainda estar "convencidos" de que a fabricante do balão tem "relacionamento direto" com as Forças Armadas chinesas.
Nesta quinta, os EUA também afirmaram que a China realizou voos de vigilância semelhantes em mais de 40 países nos cinco continentes.
A vice-secretária de Estado dos EUA, Wendy Sherman, disso que esse balão é mais um sinal dos esforços de Pequim para reformular a ordem internacional.
Falando em uma audiência do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Sherman disse que os Estados Unidos continuarão a impedir que a China explore a tecnologia norte-americana para sua própria modernização militar.
"A República Popular da China é a única concorrente com a intenção e os meios de reformular a ordem internacional", disse Sherman na audiência.
"Na semana passada, o povo americano viu o exemplo mais recente dessa realidade, depois que o governo dos EUA detectou, rastreou de perto e derrubou o balão de vigilância de alta altitude da RPC que havia entrado em nosso espaço aéreo territorial em clara violação de nossa soberania e direito internacional", disse Sherman.
g1
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