A nova primeira-ministra direitista da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu com o papa Francisco e altos funcionários do Vaticano nesta terça-feira (10), realizando o que a Santa Sé chamou de "discussões cordiais".
Meloni, que assumiu no final de 2022 o comando do governo mais direitista da história da Itália no pós-guerra, é uma católica conservadora convicta. A premiê se opõe ao aborto, desconfia dos direitos LGBT e se definiu como mãe, italiana e cristã.
No entanto, também há possíveis linhas de desentendimento entre ela e o papa, já que Francisco é um defensor aberto dos direitos dos migrantes, enquanto ela defende políticas de fronteira duras.
Meloni disse no Twitter que foi "uma honra e uma forte emoção ter a chance de conversar com o Santo Padre sobre as grandes questões do nosso tempo".
Ela e Francisco se encontraram por 35 minutos, depois Meloni conversou com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, e o arcebispo Paul Richard Gallagher, ministro das Relações Exteriores do Vaticano.
"Durante as cordiais discussões", Meloni, Parolin e Gallagher discutiram "uma série de questões relacionadas à situação social italiana", disse um comunicado do Vaticano, sem entrar em detalhes. Veja abaixo a lista de assuntos debatidos:
Meloni entrou na reunião papal vestida de preto, acompanhada por seu parceiro solteiro Andrea Giambruno, um jornalista de TV, e sua filha pré-adolescente.
Seguindo a tradição, ela e o papa trocaram presentes. Meloni deu uma estatueta de anjo a Francisco.
"Admito que nem sempre entendi o Papa Francisco", escreveu Meloni em sua autobiografia de 2021, na qual expressou preferência pelo falecido papa João Paulo II.
Ela acrescentou em seu livro que esperava poder encontrar Francisco um dia, pois "seus grandes olhos e sua forma direta de falar seriam capazes de dar um significado ao que eu não posso compreender".
g1
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