Em 6 de janeiro de 2021, há exatamente dois anos, a democracia americana foi fortemente ameaçada quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, o centro legislativo dos Estados Unidos, protestando contra o resultado das eleições que haviam levado o democrata Joe Biden ao poder.
A invasão, liderada por grupos radicais, acabou gerando uma divisão no Partido Republicano, o que atualmente dificulta a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados, que está sob o controle dos republicanos.
Alguns membros do partido conservador desejam uma liderança menos radical e mais respeitosa das leis e da democracia. Em novembro de 2021, os Estados Unidos realizaram as eleições de meio de mandato, durante as quais os americanos renovaram a Câmara e parte do Senado e estabeleceram uma nova base para os próximos quatro anos.
Desde a saída de Nancy Pelosi como presidente da Câmara, os legisladores ainda não conseguiram definir um novo líder. Apesar de serem a maioria, os republicanos estão divididos e alguns deles estão votando contra o candidato Kevin McCarthy, um congressista da Califórnia.
Cerca de 20 republicanos mais radicais estão obstruindo a eleição, o que impede o partido de escolher seu representante, apesar de ter obtido uma pequena maioria nas últimas eleições para o Congresso.
Esses republicanos divergentes acreditam que o presidente da Câmara, o terceiro líder mais poderoso dos Estados Unidos, deve ser alguém mais radical e menos moderado do que McCarthy.
Para ser eleito, o candidato a líder da Câmara dos Representantes, também conhecido como "speaker", precisa obter uma maioria absoluta de votos, o que atualmente equivale a 218 votos.
No entanto, esse número pode ser menor se algum deputado se abstiver de votar ou não estiver presente. Embora o democrata Hakeem Jeffries esteja à frente nas votações, é muito improvável que ele consiga obter os votos necessários, já que o partido não tem maioria na Câmara.
Além das consequências políticas, a invasão ao Capitólio também teve alguns resultados nas próprias organizações que lideraram o ato.
Segundo o secretário de justiça dos EUA, Merrick Garland, mais de 950 prisões foram registradas nesses dois anos de pessoas envolvidas de alguma forma com a invasão.
Ainda segundo ele, mais de 350 foram condenadas e 192 já receberam suas sentenças de prisão.
g1
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