Setembro 30, 2024

Em uma das maiores manobras militares perto de Taiwan, China usa 71 aviões de combate

A China utilizou 71 aviões de combate durante exercícios militares ao redor de Taiwan no fim de semana, informou nesta segunda-feira (26) o Ministério da Defesa taiwanês.

Com o arsenal, as manobras foram as terceiras maiores já feitas pela China nas proximidades da ilha, que Pequim reivindica ser parte do seu território. Segundo Taiwan, durante os exercícios da China:

  • 47 voos do Exército chinês ultrapassaram a zona de defesa de identificação aérea - o perímetro ao redor do espaço aéreo de um país - isso não significa, portanto, que o espaço aéreo de Taiwan foi invadido pela China, mas que os aviões chineses se aproximaram dele;
  • Seis aviões SU-30, um dos modelos mais avançados da China, participaram nos exercícios;
  • A maioria dos aviões cruzou a "linha média" do Estreito de Taiwan, que separa os dois lados.

Pequim não divulgou o número de aviões que participaram nas manobras de domingo nem sua localização. O Exército da China alegou que efetuou um "exercício de ataque " em resposta a "provocações" e ao "conluio" entre Estados Unidos e Taiwan.

Pequim não aceita a política do presidente norte-americano Joe Biden para Taiwan, em particular depois de ele afirmar que Washington defenderia a ilha em caso de ataque da China.

Em 2022 foram registradas 1.700 incursões na zona de defesa de identificação aérea taiwanesa com aeronaves militares chinesas, contra 969 em 2021 e 146 em 2020.

A perspectiva de uma invasão chinesa deixa muitos países ocidentais e os vizinhos da China em estado de tensão.

Xi, o governante mais autoritário da China em décadas, insiste que a "reunificação" de Taiwan não pode ficar para as gerações futuras.

A invasão russa da Ucrânia aumentou os temores de que a China tente algo parecido com Taiwan.

O governo dos Estados Unidos aumentou o apoio a Taiwan e o Congresso americano aprovou recentemente um pacote de 10 bilhões de dólares em ajuda militar a Taipé, o que provocou críticas da China.

As tensões atingiram um ponto máximo em agosto, quando a presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitou a ilha, o que levou o EPL a organizar um grande exercício militar ao redor da ilha.

Como parte de suas ações contra Taiwan, a China intensificou o uso de seus bombardeiros H-6 com capacidade nuclear nas incursões à ADIZ.

Em uma operação no início do mês, a China enviou 18 aeronaves H-6 ao sudoeste da ADIZ, na maior incursão em apenas um dia registrada até o momento.

France Presse
Portal Santo André em Foco

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