A França enviará na noite desta terça-feira (3) à Bolívia uma equipe composta por seis militares especializados em operações de combate a incêndios florestais. Essa equipe técnica de reconhecimento do terreno, com experiência em logística, transmissão de informações e operações terrestres de combate ao fogo, fará uma avaliação das queimadas na Amazônia boliviana, a poucos dias da chegada de uma segunda divisão de bombeiros franceses.
O grupo que viaja nesta terça para a América do Sul conta com cinco membros da proteção civil e um profissional da Brigada do Corpo de Bombeiros de Paris. Um especialista em aeronáutica deve se juntar a eles na semana que vem. Eles irão trabalhar em Santa Cruz, no centro do país.
Como parte da cooperação bilateral com La Paz, esses homens devem fornecer conhecimento e aconselhamento às autoridades bolivianas e se preparar para a chegada de um novo destacamento francês composto por cerca de 40 pessoas, na próxima semana, de acordo com a Direção Geral da Segurança Civil e Gerenciamento de Crises (DGSCGC).
Este novo destacamento será composto por 46 pessoas que vão combater as chamas na região leste do país. Os bombeiros serão apoiados por uma pequena equipe encarregada de pilotar os drones de reconhecimento das áreas em chamas.
Em nota, o Ministério do Interior afirma que a França "tem experiência em segurança civil, projeção e solidariedade internacional". "O mundo está devastado com o que está acontecendo na floresta amazônica", diz o texto. "Partimos [para a Bolívia] com muita humildade, com o objetivo de aconselhá-los. O importante é podermos nos adaptar às condições de combate a incêndio que encontraremos no local", disse um dos membros da equipe de reconhecimento à agência AFP.
Três outros especialistas franceses em incêndios florestais já estão na Bolívia, mas como parte de uma equipe de coordenação liderada pela União Europeia.
Ajuda financeira do G7 não terá contribuição da França
O governo do Chile informou que a ajuda financeira do G7 para combater os incêndios na Amazônia brasileira vai excluir a contribuição da França, que será destinada apenas "a outros países" da região. Em seu comunicado, a chancelaria chilena informa que já estão na Amazônia e à disposição do governo brasileiro dois aviões AT108 especializados no combate a incêndios florestais, enquanto outros dois aviões adicionais, com as mesmas características, serão enviados nos próximos dias.
Após participar como país convidado da última reunião do G7 – grupo formado por Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha, França e Canadá –, o presidente chileno, Sebastián Piñera, assumiu o papel de coordenador dos US$ 20 milhões prometidos pelos países ricos para o combate aos incêndios na Amazônia.
Nesta segunda-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro declarou que "não aceitará esmolas de qualquer país do mundo sob o pretexto de preservar a Amazônia".
RFI
Portal Santo André em Foco
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