Outubro 03, 2024

Barco afunda no Canal da Mancha, e quatro morrem

Um pequeno barco que transportava migrantes afundou nesta quarta-feira (14) nas águas quase congeladas do Canal da Mancha, que divide a Inglaterra e a França, e quatro pessoas que estavam a bordo morreram por hipotermia.

Autoridades inglesas e francesas, que participam dos trabalhos de resgate, ainda não informaram a identidade dos mortos. Fontes policiais disseram à imprensa britânica que dezenas seguem desaparecidos.

Segundo a polícia, 47 pessoas estavam na embarcação, que tentavam cruzar o Canal da Mancha, uma rota comum entre migrantes que entram na Europa e querem chegar ao Reino Unido (leia mais abaixo). O barco virou na costa oeste da Inglaterra.

O acidente ocorre um dia depois de a Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgar que 27 migrantes - quatro deles crianças - morreram de sede durante uma travessia do deserto do Chade, no norte da África, que é parte de uma das principais rotas migratórias de africanos e asiáticos que querem chega à Europa.

"Estamos cientes de um incidente nas águas do Reino Unido e todas as agências relevantes estão apoiando uma resposta coordenada", disse um porta-voz do governo. "Mais detalhes serão fornecidos no devido tempo."

Neste caso, autoridades buscam por desparecidos em águas quase congeladas - a embarcação cruzou o Canal da Mancha em uma semana em que as temperaturas despencaram na região. Na cidade mais próxima ao acidente, no sudoeste da Inglaterra, a temperatura nesta manhã era de 2ºC.

O novo acidente ocorre também um dia depois de o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak - filho de imigrantes -, revelar planos para endurecer as leis para impedir que pequenos barcos cruzem o Canal da Mancha, incluindo legislação para proibir que migrantes vindos dessa travessia permaneçam no país.

Pela Legislação atual, um migrante que chegue no Reino Unido de forma ilegal é levado a centros de acolhimento enquanto autoridades locais avaliam se a pessoa tem direito a receber um visto de refugiado, no caso de estar comprovadamente fugindo de um país em guerra ou perseguição por questões étnicas, religiosas, de etnia ou orientação sexual.

Rota comum
A travessia de migrantes em pequenas embarcações e até botes infláveis pelo Canal da Mancha se tornou uma rota mais recorrente este ano. No total, segundo a OIM, mais de 40.000 pessoas fizeram a perigosa travessia - sujeita a ventos fortes e mar agitado -, um número recorde.

Segundo dados compilados pelo Missing Migrants Project, 205 pessoas morreram nesse trajeto desde 2014, 27 deles em um único acidente em novembro de 2021.

g1
Portal Santo André em Foco

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