Uma candidata às eleições locais de outubro na Colômbia foi assassinada junto com outras cinco pessoas em um massacre cometido em um município do sudoeste do país na noite de domingo (1).
O veículo blindado, no qual viajava a candidata à prefeitura do município de Suárez Karina García, foi "alvo de um atentado com armas de longo alcance" e, posteriormente, incinerado no departamento do Cauca, disse à AFP Jair Rossi, da Defensoria regional.
Em uma rede social, a Defensoria condenou o massacre.
No ataque, também morreram a mãe de Karina, um candidato a vereador e três pessoas ainda não identificadas.
Tráfico e mineração ilegais
A região, onde faleceu a candidata do Partido Liberal, "é um setor de comunidade indígena", afetado pela violência ligada ao tráfico de drogas e à mineração ilegal, acrescentou Rossi.
O pai da candidata, Orlando García, de 60 anos, também denunciou que sua filha havia recebido ameaças de alguns seguidores de outros candidatos.
O alto comissário para a Paz, Miguel Ceballos, responsabilizou um chefe do grupo de dissidentes das Farc que operam nesta região, conhecido como Mayimbú. Também denunciou o sequestro de outro candidato do Partido Liberal, no Chocó (noroeste), por parte do Exército de Libertação Nacional. O ELN é a última guerrilha reconhecida pelo governo na Colômbia.
Em uma rede social, o Partido Liberal lamentou a morte de Karina nas mãos de "terroristas" e exigiu, do presidente Iván Duque, garantias de segurança para participar da disputa eleitoral.
France Presse
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