A Câmara dos Deputados da Rússia ratificou nesta segunda-feira (3) os tratados de anexação assinados na última sexta-feira (1º) pelo presidente do país, Vladimir Putin, com os líderes pró-russos das autoproclamadas repúblicas populares Donetsk e Lugansk, assim como as regiões de Kherson e Zaporizhzhia.
As leis foram votadas uma por uma de maneira eletrônica e receberam o respaldo unânime dos legisladores locais, que ovacionaram os resultados alcançados no plenário .
"Esse processo é a continuação lógica da unificação das terras russas que começou em 2014, com o retorno à Rússia da República da Crimeia e da cidade de Sevastopol", disse o ministro das Relações Exteriores do país, Serguei Lavrov, que apresentou os projetos.
Os tratados, que neste domingo receberam o sinal verde do Tribunal Constitucional da Rússia, estabelecem que nessas quatro regiões a língua oficial será o russo, embora se permitirá a adoção do ucraniano, e a moeda oficial será o rublo.
Todos os territórios seguirão com os mesmos nomes, tanto as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk como as regiões de Kherson e Zaporizhzhia.
Amanhã será a vez de os tratados serem submetidos ao Senado. Com a provável aprovação, o presidente russo, Vladimir Putin, poderá promulgar a lei.
O chefe de Estado segue os mesmos passos de quando a Rússia anexou, em 2014, a península ucraniana da Crimeia, que também realizou referendo e foi integrada após um processo expresso de anexação.
A integração das quatro regiões obrigará uma emenda ao artigo 65 da Constituição russa, que inclui 85 entes federais, que passarão agora a ser 89.
EFE
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