Diante do elevado fluxo de chegadas procedentes da Rússia, a Finlândia fechará suas fronteiras, a partir da meia-noite (18h de Brasília), aos cidadãos russos que têm visto de turismo europeu para o espaço Schengen - anunciou o governo.
A ordem de mobilização "parcial" de 300 mil reservistas lançada pela Rússia, devido à guerra na Ucrânia, provocou um aumento expressivo nas entradas no país nórdico pelo território russo que "teve um impacto significativo" na decisão, afirmou o ministro finlandês das Relações Exteriores, Pekka Haavisto.
Os referendos "ilegais" de anexação no leste da Ucrânia e a suposta sabotagem dos gasodutos Nord Stream no Mar Báltico "aumentaram as preocupações", disse o ministro.
O país nórdico se alinha com a decisão adotada no início de setembro pela Polônia e pelos três países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), os demais Estados-membros da União Europeia que fazem fronteira com a Rússia.
A medida estava em discussão na Finlândia há algum tempo, devido às significativas travessias de turistas russos durante o verão (inverno no Brasil) que causaram polêmica no país nórdico. Até então, Helsinque não havia anunciado sua entrada em vigor.
"A decisão tem como objetivo impedir completamente a situação atual do turismo russo na Finlândia e o trânsito relacionado pelo país", explicou Haavisto em entrevista coletiva.
Helsinque reconheceu que sua decisão pode levar a um aumento dos pedidos de asilo e das tentativas de cruzar ilegalmente sua fronteira.
AFP
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