O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu nesta segunda-feira (26) a cidadania do país ao ex-analista da CIA Edward Snowden, de acordo com decreto publicado no portal de informação legal da administração pública nacional.
O americano, de 39 anos, recebeu asilo político no território russo em 2013 e está entre os estrangeiros que receberam hoje o passaporte da antiga república soviética por decisão do chefe de Estado.
Putin tomou a decisão em virtude do ponto A do artigo 89 da Constituição da Rússia, que determina que cabe ao presidente outorgar a cidadania e conceder asilo político.
Snowden que solicitou o passaporte russo em 2 de novembro de 2020, não fez qualquer comentário sobre a chamada "operação militar especial" autorizada pelo Kremlin na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
O advogado Anatoly Kucherena, que representa o americano, negou hoje que o cliente pode ser chamado para as fileiras do exército russo, em meio a mobilização parcial decretada por Putin.
"Como Edward não serviu o exército russo, não tem prática e experiência militar, não pode ser mobilizado", disse o advogado, em entrevista à agência local de notícias Interfax.
Snowden recebeu a autorização de residência permanente em outubro de 2020 e teve o primeiro filho com a mulher, Lindsay Mills, em dezembro deste ano.
Segundo a legislação russa, por ter nascido na Rússia, a criança já obteve, automaticamente, a cidadania do país.
O ex-analista da CIA fugiu dos Estados Unidos após revelar, em 2013, detalhes de programas de espionagem americanos e é perseguido desde então pela justiça do país natal.
Atualmente, além de escrever livros, Snowden trabalha como consultor e oferece videoconferências sobre as tecnologias da informação, e seus riscos e ameaças.
EFE
Portal Santo André em Foco
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