O chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, publicou nesta sexta-feira (23) nas redes sociais que o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, demonstrou "o respeito da China pela soberania da Ucrânia e sua integridade territorial".
De acordo com o chefe da diplomacia ucraniana, Yi também transmitiu "sua rejeição ao uso da força como meio de resolver as diferenças" entre os países.
Por seu lado, a conta do Ministério das Relações Exteriores chinês no Twitter apenas publicou uma foto dos dois ministros apertando as mãos, com as bandeiras dos países atrás, sem qualquer comentário.
As palavras de Wang, transcritas por Kuleba, não representam uma grande mudança na atitude da China, especialmente porque não incluem a menor crítica dirigida à Rússia e, portanto, não traduzem qualquer mudança na equidistância que Pequim tentou mostrar nesta guerra.
Enquanto alguns países relevantes, como a Índia, parecem mostrar cada vez mais divergências com a Rússia, este não é o caso da China, que ainda na última quinta-feira (22) no Conselho de Segurança mostrou mais uma vez ambiguidade na defesa do princípio da integridade territorial, lembrando mais uma vez à necessidade de compreender as razões da Rússia.
De qualquer forma, se houver alguma mudança nessa neutralidade tendenciosa em relação à Rússia, será necessário aguardar até o próximo sábado (24), quando Yi terá a palavra na Assembleia Geral e, assim, poderá definir posição em uma semana em que o presidente russo, Vladimir Putin, deu uma nova reviravolta com a mobilização de 300 mil reservistas e o anúncio de dois referendos sobre a anexação à Rússia de várias regiões ucranianas.
EFE
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