O atentado frustrado contra a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner, foi produto de um "planejamento e acordo prévio" entre o agressor e sua namorada, segundo o documento judicial de indiciamento, reportou nesta quarta-feira (7) a agência de notícias oficial Télam.
O brasileiro Fernando Sabag Montiel, que na noite de quinta-feira (1) apontou uma arma a menos de 1 metro da cabeça de Kirchner, quando ela estava cercada de apoiadores, e sua namorada, ambos detidos, foram indiciados por "terem tentado matar Cristina Kirchner, contando para isso com o planejamento e o acordo prévio entre ambos", diz o texto da juíza María Eugenia Capuchetti.
O agressor, de 35 anos, e sua namorada, de 23, estão detidos, acusados da tentativa de homicídio da ex-presidente (2007-2015).
Na terça (6), Montiel foi intimado a ampliar seu depoimento dado na sexta-feira passada, mas nas duas audiências ele se negou a depor; teria dito apenas que sua namorada "não teve nada a ver" nem com a tentativa de homicídio, nem com o planejamento, segundo fontes judiciais.
Uliarte, por sua vez, cuja imagem foi registrada pelas câmeras de segurança perto do local do crime no momento do ataque, disse que foi apenas acompanhar o namorado.
A juíza afirmou que os dois agiram "aproveitando o estado de indefensabilidade" de Kirchner "gerado pela multidão", prossegue o texto, divulgado por vários veículos.
O governo afastou nesta quarta parte dos policiais que fazem parte da segurança da vice, ao considerar que "não tiveram o nível que se esperava que tivessem", reportou a agência.
AFP
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