Helicópteros, aviões de combate e artilharia dos Estados Unidos mataram quatro militantes vinculados ao Irã em 24 horas, no noroeste da Síria, depois que ataques com foguetes feriram tropas americanas na região, informou o Comando Central dos Estados Unidos nesta quinta-feira (25).
"Nenhum grupo atacará nossas tropas impunemente", advertiu em um comunicado o general Michael Kurilla, chefe do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM, na sigla em inglês). "Tomaremos todas as medidas necessárias para defender nosso povo", acrescentou.
As forças americanas "atacaram militantes vinculados ao Irã com helicópteros de ataque AH-64 Apache, aviões de combate AC-130 e artilharia M777, com o resultado de quatro combatentes inimigos mortos e sete lançadores de foguetes inimigos destruídos".
Um oficial americano disse, em condição de anonimato, que as tropas dos Estados Unidos detectaram forças inimigas que se aproximavam com lança-foguetes e dispararam contra eles antes que pudessem atacar.
Três soldados americanos sofreram ferimentos leves quando diversos foguetes caíram na noite de quarta-feira (24) nas bases de Conoco e Green Village em Deir ez-Zor, uma província síria estratégica e rica em petróleo, fronteiriça com o Iraque.
Na última terça-feira (23), os Estados Unidos haviam anunciado que bombardearam bases de milícias pró-Irã no leste do país árabe. O Irã, por sua vez, respondeu negando qualquer relação com os grupos atacados.
"Os Estados Unidos não querem um conflito com o Irã, mas seguiremos tomando as medidas necessárias para defender e proteger nossa gente", afirmou na quarta-feira o exército americano.
Os ataques americanos de terça tinham como alvo "infraestruturas utilizadas por grupos relacionados com a Guarda Revolucionária" do Irã, segundo o CENTCOM.
Considerado o exército ideológico do regime iraniano, a Guarda Revolucionária figura na lista de "grupos terroristas" dos Estados Unidos.
"A nova agressão do exército de Estados Unidos contra o povo sírio é um ato terrorista contra os grupos e combatentes que lutam contra a ocupação e que não têm nenhuma relação com o Irã", afirmou mais cedo, na quarta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani.
AFP
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