Diversas embarcações de guerra dos Estados Unidos navegavam pelas águas da região de Taiwan no momento em que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, chegou à ilha nesta terça-feira (2), informaram fontes militares.
Por sua vez, a China, que considera Taiwan uma província rebelde, anunciou que seu exército lançaria "ações militares seletivas" em resposta à visita.
Enquanto isso, a Sétima Frota dos Estados Unidos tuitou hoje que o porta-aviões USS Ronald Reagan, que circula pela região desde o começo de julho, estava posicionado no Mar das Filipinas, ao sul de Taiwan.
A Marinha americana publicou imagens do USS Ronald Reagan realizando manobras no domingo (31), junto com o cargueiro USS Carl Brashear.
O porta-aviões e seu grupo aerotransportado "realizam uma missão de rotina no Pacífico Ocidental", informou uma funcionária americana que pediu o anonimato.
No mesmo momento, um barco anfíbio dos fuzileiros navais, o USS Tripoli, navegava a leste de Taiwan, segundo o Instituto Naval dos Estados Unidos (USNI, na sigla em inglês), um órgão independente próximo da Marinha americana.
O Ronald Reagan e o Tripoli são embarcações que contam com aviões de combate F-35, de última geração, segundo o USNI.
O Pentágono garantiu que a presença desses dois barcos na região não tem relação com a visita de Pelosi, a funcionária de mais alta categoria a visitar a ilha desde 1997, quando o então presidente da Câmara dos Representantes, Newt Gingrich, esteve em Taipei.
"Vamos garantir que ela tenha uma visita segura", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.
Reação chinesa
Assim como os EUA começaram a mobilizar suas Forças Armadas após o pouso de Pelosi em território taiwanês, a China também iniciou a sua reação. Segundo as autoridades de Taiwan, Pequim realizou 21 incurões em sua Zona de Identificação de Defesa Aérea.
Nesta manhã, a China havia advertido que o governo dos Estados Unidos "pagaria o preço" se a presidente da Câmara visitasse Taiwan.
"Os Estados Unidos carregarão a responsabilidade e pagarão o preço por minar a soberania e a segurança da China", disse à imprensa a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying.
AFP
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