O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China emitiu nesta terça-feira (2) uma declaração sobre a visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan.
Segundo o texto, a visita de Pelosi "é uma violação severa do princípio de Uma Só China" e impacta a base política das relações entre Pequim e Washington.
O governo chinês considera que a visita de uma autoridade americana a Taiwan é um incentivo ao movimento de independência da ilha, que é uma região autônoma mas faz parte da China. Pelo ponto de vista de Pequim, Pelosi "infringiu severamente a soberania e a integridade territorial da China".
"Existe no mundo apenas uma China, e Taiwan é uma parte inalienável do território. O Governo da República Popular da China é o único governo legítimo que representa toda a China", escreveu o governo chinês reforçando que a ilha do Pacífico não é uma região independente.
Pequim interpreta que a decisão dos EUA de enviar uma autoridade em viagem oficial ao território taiwanês tem o objetivo de usar essa relação para atacar a China. O governo chinês disse considerar que Washington quer usar a Ilha para "obscurecer" e "esvaziar" a unidade territorial do país.
A viagem de Pelosi aumentou a tensão entre EUA e China, duas potências econômicas e militares. O pouso do avião americano em Taiwan fez pequim subir o tom e ameaçar o governo Biden de uma possível reação militar. O comunicado chinês classifica a situação como "atos muito perigosos como brincar com o fogo" e destacou "quem brinca com o fogo acaba se queimando".
O comunicado termina com um recado para o governo de Joe Biden "não ir mais longe neste caminho errado e perigoso".
R7, com AFP e Reuters
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