Com saída do cargo já anunciada para setembro, Boris Johnson fez nesta quarta-feira (20) seu último discurso no Parlamento do Reino Unido na condição de primeiro-ministro – ele continuará como deputado – e se despediu com uma frase clássica do filme O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final.
"Hasta la vista, baby", afirmou Johnson, parafraseando o personagem de Arnold Schwarzenegger.
Johnson presidiu hoje sua última sessão de perguntas e respostas na Câmara dos Comuns, onde foi aplaudido de pé pela bancada parlamentar de seu partido.
No discurso de despedida, o político do Partido Conservador enfatizou que ser chefe de Governo tem sido o "grande privilégio" de sua vida e definiu que sua passagem pelo cargo de premiê termina com "missão cumprida", tendo conseguido o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia), enfrentado a pandemia de Covid e a ameaça russa na Ucrânia.
Johnson anunciou sua saída em 7 de julho, após mais de 50 membros do governo terem deixado os postos em protesto contra sua administração.
Ele aconselhou seu sucessor no cargo – que será conhecido no dia 5 de setembro – a olhar "para a frente" e defender "a liberdade e a democracia".
Antes do discurso, o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, admitiu que a relação entre o primeiro-ministro e a oposição "não é fácil", mas desejou a ele e sua família "tudo de bom para o futuro".
O presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, desejou o mesmo.
Johnson recusou-se a fazer comentários sobre os candidatos que concorriam para suceder a ele, mas enfatizou que o público tinha tido a oportunidade de observar seus "talentos" nos recentes debates televisivos.
A votação interna desta tarde do Partido Conservador revelará os dois candidatos que serão apontados para a votação dos 160 mil membros da legenda nas próximas semanas, com o objetivo de declarar o vencedor em setembro.
Os três concorrentes restantes são o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, a chanceler Liz Truss e a secretária de Estado do Comércio, Penny Mourdant.
Johnson deixará o cargo em setembro depois que sua liderança ficou sob uma onda de críticas no país devido a uma série de escândalos, mais notadamente as festas na residência oficial de Downing Street durante a pandemia.
EFE
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