Os chanceleres da Suécia e da Finlândia conversaram na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas, nesta segunda-feira (4) sobre o início formal do processo de adesão à aliança militar.
Espera-se que os embaixadores dos 30 estados membros da Otan assinem os protocolos de adesão da Suécia e da Finlândia na próxima terça-feira (5), abrindo um período de vários meses para que os países da aliança validem sua adesão.
As conversas são lideradas pela ministra das Relações Exteriores da Suécia, Ann Linde, e seu colega finlandês, Pekka Haavisto, depois que a Turquia, membro da Otan, retirou suas oposições à adesão dos países na semana passada.
Linde twittou que lideraria a delegação de seu país nesta segunda-feira, e um diplomata finlandês confirmou que Haavisto estava na capital belga para as conversas.
Após a Rússia invadir a Ucrânia, a Suécia e a Finlândia anunciaram simultaneamente sua intenção de abandonar seu status militar não alinhado e ingressar na Otan. No entanto, a Turquia alertou imediatamente que estava vetando a adesão dos países.
Uma cúpula da Otan na semana passada endossou a intenção da Suécia e da Finlândia, após intensas rodadas de diálogo com a Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusa a Suécia e a Finlândia de oferecerem refúgio a militantes curdos que o governo de Ancara considera "terroristas".
A Turquia exigiu que os dois países levantassem os embargos de armas adotados pela ação militar turca na Síria em 2019.
Apesar da aprovação na cúpula da Otan, Erdogan manteve o resto da Aliança no limite ao afirmar que ainda poderia bloquear as intenções da Suécia e da Finlândia se esses dois países não cumprissem as promessas feitas.
Linde e Haavisto devem realizar uma entrevista coletiva com o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, na próxima terça-feira.
AFP
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