O grupo das sete maiores economias do mundo se comprometerá, nesta terça-feira (28), com um novo pacote de ações coordenadas destinadas a aumentar a pressão sobre a Rússia por causa da guerra na Ucrânia e finalizará os planos para um teto de preço para o petróleo russo, disse uma autoridade de alto escalão dos Estados Unidos nesta segunda-feira (27).
O anúncio ocorre no momento em que a Casa Branca afirma que a Rússia deu calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez em décadas — uma afirmação que Moscou rejeitou — e depois de conversa virtual do presidente ucraniano Volodmir Zelenski com líderes do G7, reunidos em um resort alpino no sul da Alemanha.
Zelenski pediu aos líderes do G7 uma ampla gama de apoio militar, econômico e diplomático, de acordo com uma autoridade europeia.
As nações do G7, que geram quase metade da produção econômica do mundo, querem aumentar a pressão sobre a Rússia sem alimentar a inflação, já em alta, que está causando tensões internas e devastando vários países.
O teto de preço pode atingir as reservas de guerra do presidente russo Vladimir Putin ao mesmo tempo que reduz o valor da energia.
"Os objetivos duplos dos líderes do G7 têm sido mirar diretamente as receitas de Putin, principalmente por meio da energia, mas também minimizar os reflexos e o impacto nas economias de seus países e no restante do mundo", disse a autoridade dos EUA à margem da cúpula anual do G7.
Os líderes do G7 também estabelecerão um "compromisso de segurança sem precedentes e de longo prazo para fornecer à Ucrânia apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático pelo tempo que for necessário", o que inclui o fornecimento oportuno de armas modernas, disse a Casa Branca em uma nota.
As sanções ocidentais atingiram duramente a economia da Rússia, e as novas medidas visam privar ainda mais o Kremlin das receitas do petróleo. Os países do G7 trabalharão com outros —como a Índia — para limitar as receitas que Putin pode continuar gerando, afirmou a autoridade dos EUA.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, é um dos cinco líderes de nações convidadas que se juntam ao G7 para conversas sobre mudanças climáticas, energia, saúde, segurança alimentar e igualdade de gênero no segundo dia da cúpula.
"É um mecanismo que pode beneficiar mais países terceiros do que a Europa", disse uma autoridade da UE. "Esses países estão fazendo perguntas sobre a viabilidade, mas em princípio pagar menos pela energia é um tema muito popular."
Os líderes do G7 encarregarão seus governos de trabalhar intensamente em medidas para implementar o teto de preço russo, atuando com países de todo o mundo e partes interessadas, inclusive o setor privado, segundo a autoridade dos EUA.
Reuters
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