A polícia da Espanha divulgou nesta terça-feira (7) que desarticulou uma quadrilha que explorava mulheres — em grande parte, brasileiras —, sexualmente, em operação que resultou na prisão de 14 pessoas na província de Pontevedra, no noroeste do país ibérico.
A rede, segundo comunicado emitido pela corporação, contava com a atuação de pessoas que estavam no Brasil e que forneciam documentos falsos às vítimas para que embarcassem para fora do país.
Um dos integrantes do grupo criminoso era encarregado de cooptar vítimas e organizar o embarque delas para a Europa com visto de estudante falso e comprovante de vacinação contra a Covid-19 também irregular.
A quadrilha fornecia as passagens de avião e um valor em dinheiro para que fossem justificados os requisitos de entrada na União Europeia.
O acesso ao continente europeu acontecia, fundamentalmente, através de Lisboa. Depois disso, a viagem seguia por via terrestre até a Espanha.
As investigações revelaram que todas as mulheres estavam em situação de vulnerabilidade econômica. Elas contraíam dívidas com a quadrilha de até 2 mil euros (R$ 10,2 mil), para cobrirem os gastos com a viagem.
O valor aumentava se houvesse negativa de manter relações sexuais com um dos líderes da organização criminosa, que era responsável por "testar" as vítimas, de acordo com a polícia.
Depois disso, as mulheres passavam a trabalhar em estabelecimentos de exploração sexual em Pontevedra.
Durante a operação, além de prender 14 pessoas, a polícia libertou três mulheres.
Os detidos foram enquadrados pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de pessoas com finalidade de exploração sexual, favorecimento à imigração ilegal, prostituição e lavagem de dinheiro.
EFE
Portal Santo André em Foco
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