O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos enxerga "evidências crescentes" de crimes de guerra na Ucrânia, onde "as forças armadas russas bombardearam indiscriminadamente áreas povoadas, assassinando civis e destruindo hospitais, escolas", além de outras infraestruturas não militares.
Nas oito semanas de conflito, "a lei humanitária internacional, não apenas foi ignorada, mas sim, totalmente, abandonada", aponta comunicado assinado pela alta comissária das Nações Unidas, a Michelle Bachelet.
O ataque à estação de trem de Kramatorsk, no último dia 8, em que 60 pessoas morreram e 111 ficaram feridas, para a ex-presidente do Chile, simboliza a falta de respeito às leis internacionais que proíbem ações militares indiscriminadas deste tipo.
A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos na Ucrânia documentou a morte de, pelo menos, 2.345 civis e o registro de 2.919 feridos durante a guerra.
A própria Bachelet, contudo, aponta que o número real pode ser ainda maior, a partir do momento em que "saírem à luz os horrores das áreas de intensos confrontos, como Mariupol", cidade portuária que está sitiada.
"A escala das execuções sumárias de civis em áreas previamente ocupadas pelas forças russas está sendo conhecida".
Representantes do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos estiveram no último dia 9 em Bucha, na região de Kiev, onde denunciaram execuções sumárias, com a documentação do assassinato de, pelo menos, 500 civis.
EFE
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