O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira (12) que o massacre de civis em Bucha, na Ucrânia — denunciado por Kiev e organizações humanitários e creditado as tropas de Moscou —, é uma "farsa".
O chefe de Estado relembrou o suposto arsenal químico do Iraque, que serviu de pretexto para a invasão do país árabe pelos Estados Unidos.
"Tão falso como Bucha", disse Putin, durante entrevista coletiva concedida junto com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, no cosmódromo de Vostochni. "Ninguém reagiu daquela vez", disse o presidente russo sobre bombardeios à cidades sírias como Al Raqa.
Além disso, Putin disse que houve "silêncio" da comunidade internacional quando centenas de pessoas morreram durante uma cerimônia de casamento no Afeganistão.
As autoridades ucranianas anunciaram hoje a localização de mais dez corpos de civis enterrados em uma vala comum em Bucha, onde há registro de cerca de 400 vítimas desde o início da ocupação russa.
Putin disse na coletiva de hoje que a chamada pela Rússia de "operação militar especial" na Ucrânia está saindo de acordo com o planejado e que a duração dependerá da "intensidade dos combates".
"Nossa missão é alcançar todos os objetivos traçados, ao tempo em que minimizamos as baixas. Atuaremos de maneira constante, tranquila, seguindo o plano que foi traçado no primeiro momento pelo Estado Maior Geral", detalhou o presidente.
Putin explicou que as ações militares russas em outras regiões ucranianas estão relacionadas com a intenção de "restringir as forças do inimigo, destruir a infraestrutura militar e criar as condições para realizar ações mais ativas no território do Donbass".
Além disso, o presidente russo diz que a operação é uma "tragédia", contudo que era "inevitável", assim como classificou a população da Ucrânia como "um povo irmão".
Segundo Putin, a chamada "operação militar especial" foi oportuna, pois evitou que a Rússia fosse vítima de ataques de "neonazistas" ucranianos, orientados pelo Ocidente.
"O que acontece agora é a quebra do sistema mundial unipolar, que se formou após a desintegração da União Soviética. Muitos dizem que os Estados Unidos estão dispostos a lutar com a Rússia até o último ucraniano. Dizem ali e aqui, e na realidade é assim. Aqui está a quintessência do que está acontecendo", afirmou.
EFE
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