O secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, afirmou nesta segunda-feira (28) que a "operação militar especial" das tropas russas na Ucrânia não está voltada para mudar o governo do país vizinho.
"Foi só uma resposta aos atos criminais de Kiev contra as repúblicas [separatistas de Donetsk e Lugansk], uma medida oportuna e preventiva", disse o integrante do Kremlin, após reunião com o secretário do Conselho de Segurança da Argélia, Nureddin Makri.
"Foram encontrados documentos com evidências de que Kiev estava preparando um ataque em grande escala e tinha a intenção de destruí-las", afirmou Patrushev.
No último domingo (27), o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, negou a informação, em entrevista concedida a veículos de comunicação russos.
"O objetivo da nossa operação especial na Ucrânia não é a mudança do regime de Kiev, como estão tentando apresentar no Ocidente, mas sim a proteção das pessoas contra o genocídio, a desmilitarização e a desnazificação da Ucrânia", disse Patrushev.
O secretário do Conselho de Segurança da Rússia repetiu assim o mesmo argumento do Kremlin para justificar o que Moscou chama de "operação especial militar" na Ucrânia.
Segundo disse Patrushev, no início deste ano, as autoridades de Kiev "abertamente, se negaram a adotar os Acordos de Minsk sobre uma solução pacífica no Donbass, anunciaram planos para criar armas nucleares no país e também reuniram um grupo de forças armadas com quase 100 mil efetivos, com armas pesadas nas fronteiras orientais da Ucrânia".
"Nas condições atuais, a Rússia não podia ficar à margem, e segundo a Constituição, estava obrigada a proteger seus compatriotas pró-russos nas autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, onde foram entregues 700 mil passaportes nos últimos anos", completou.
"No nosso lugar, qualquer Estado faria o mesmo", concluiu Patrushev.
EFE
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