A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 500 mil dos 2,1 milhões de refugiados da Ucrânia que partiram para a Polônia precisem de atendimento de saúde mental e que 30 mil deles apresentem doenças mentais graves. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (22), pela representante da OMS Paloma Cuchi.
"O que mais vemos são refugiados que chegam à fronteira desidratados, descompensados, com problemas de saúde mental, uma forte carga emocional, e também casos de pessoas com febre, pneumonia ou diarreia", explicou a integrante da agência das Nações Unidas.
Cuchi explicou que os refugiados mostram os sinais de viagens que em muitos casos duraram dias, nos quais passaram frio, estiveram mal alimentados, mal hidratados e enfrentaram más condições de higiene.
"Chegam depois de travessias muito difíceis e perigosas, as crianças viajaram por dois ou três dias e os idosos não tomaram remédios por dias, o que pode gerar complicações de diabetes e hipertensão, entre outras", afirmou a representante da OMS.
Segundo Cuchi, dois terços dos refugiados na Polônia demonstraram a intenção de ficar no país devido à proximidade com a Ucrânia, para onde esperam voltar quando a situação permitir.
A representante afirmou ainda que a OMS está esboçando cenários que poderiam envolver a chegada de um número massivo de pessoas ao território polonês ao mesmo tempo, caso a crise se agrave no território ucraniano.
Isso resultaria em um aumento repentino da demanda de serviços essenciais de saúde e de medicamentos para doenças como Aids e tuberculose, além de outros voltados para o tratamento de doenças crônicas, detalhou Cuchi.
EFE
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